G1 - O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto,
foi preso nesta quarta-feira (15) na 12ª etapa da Operação Lava Jato, de acordo
com informações da Polícia Federal, que realizou a prisão. Ele é investigado
por suspeita de receber propina em esquema de corrupção na Petrobras. O mandado
contra Vaccari é de prisão preventiva e ele foi detido em casa, em São Paulo.
A polícia
prendeu também a cunhada de Vaccari, Marice Correa. O mandado dela é de
prisão temporária. Marice também aparece em investigações sobre o pagamento de
propina no esquema da Petrobras.
Além da
prisão de Vaccari e da cunhada, a PF executa mandado de condução coercitiva
contra a mulher dele, Gisela Lima, que foi ouvida pelos policias em casa. Na
condução coercitiva, a pessoa presta depoimento e é liberada.
Desde que
surgiram as denúncias, no ano passado, Vaccari tem negado a participação dele e
da cunhada no esquema.
A
assessoria de imprensa do PT, que informou que o partido ainda não tem um
posicionamento sobre a prisão do tesoureiro.
A atual
fase da Lava Jato, além dos dois mandados de prisão e do de condução
coercitiva, executa um de busca e apreensão, também na cidade de São Paulo.
Todos os
presos serão levados para a superintendência da PF em Curitiba.
Denúncias
Vaccari já é réu em processo na Justiça Federal do Paraná que investiga as denúncias da Lava Jato. Ele é suspeito de ter recebido propina em esquema de corrupção que atuou dentro da Petrobras.
O
ex-gerente de Serviços da estatal Pedro Barusco, que também é investigado pela
Justiça, afirmou em delação premiada que Vaccari recebeu cerca de R$ 200
milhões em nome do PT no esquema investigado pela Lava Jato. As apurações da PF
apontam que as propinas eram pagas por empreiteiras que firmavam contratos com
a petroleira.
O
tesoureiro também aparece em depoimentos de outro delator da Lava Jato, o
doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores da propina. Ele disse
que chegou a enviar um funcionário para a frente da
sede do PT em São Paulo com R$ 400 mil para serem entregues a Vaccari.
CPI
Na semana passada, Vaccari deu depoimento à CPI da Petrobras, na Câmara. Em uma sessão longa, negou que tivesse participação no esquema.
Indagado
sobre as acusações feitas por Barusco e Youssef, o tesoureiro do PT repetiu
reiteradas vezes que os termos dos depoimentos de delação premiada dos dois
delatores "não são verdadeiros".
A
insistência nessa resposta gerou irritação em alguns integrantes da comissão.
O
depoimento de Vaccari na CPI também ficou marcado por um protesto em que um
funcionário da Câmara soltou roedores na sala, causando tumulto.
Quando
questionado sobre se sua cunhada Marice Correa Lima recebeu R$ 110 mil de
Youssef, como o doleiro declarou à Polícia Federal, Vaccari continuou
insistindo que os termos das delações não são verdadeiros e que a relação com a
cunhada é estreitamente "familiar".
Informações
e vídeos podem ser enviados ao Blog Bacabeira em Foco através
do e-mail:bacabeiraemfoco@hotmail.com ou pelo WhatSapp (98) 9-9965-0206
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