Do G1 - A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta
segunda-feira (13) uma operação de combate a fraudes no seguro obrigatório de
danos pessoais, o DPVAT. A operação, denominada Tempo de Despertar, acontece
nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro.
As fraudes podem atingir o
montante de R$ 28 milhões, diz a PF. Segundo a polícia, 39 pessoas já foram
presas – entre elas 10 agentes e um delegado da Polícia Civil, um policial
militar, oito advogados, três médicos, dois fisioterapeutas e 14 empresários.
Estão sendo cumpridos 229 mandados
judiciais, sendo 41 de prisão, 7 de conduções coercitivas – quando a pessoa é
levada para depor – e 61 mandados de busca a apreensão, além de 12 afastamentos
de cargo público, 51 sequestros de bens e 57 afastamentos de sigilo bancário.
Segundo o delegado da PF Alexandre
Leão, havia várias frentes de atuação, vários núcleos, que não estavam
necessariamente interligados no esquema.
"As fraudes eram de toda
ordem, na área judicial, com ações judiciais propostas para receber o seguro de
forma fraudulenta, outra relacionada a processos administrativos baseados em
ocorrências ideologicamente falsas e mais uma com base em documentos médicos
adulterados", explica o delegado.
Seguradoras
Ele também afirma que o diferencial desta operação é que ficou demonstrada a participação das próprias seguradoras que compõem o consórcio do seguro.
O DPVAT é um seguro obrigatório
pago por motoristas para indenizar vítimas de acidentes de trânsito causados
por veículos. O delegado disse também que somente em 2014, o seguro arrecadou
R$ 5 bilhões.
"Os primeiros levantamentos
desta operação indicam que pelo menos R$ 25 milhões foram pagos indevidamente',
disse Leão.
Segundo a investigação, o grupo
criminoso usava várias maneiras para fraudar o seguro, como falsificação de
assinaturas em procurações e declaração de residência falsa. Em alguns casos, o
pagamento do seguro era autorizado mesmo sem a documentação necessária ou com
base em laudos médicos e ocorrências policiais falsificadas.
Ainda segundo a polícia, estão
envolvidos na fraude médicos, dentistas, fisioterapeutas, servidores públicos,
policiais civis e militares e agenciadores de seguros.
Os investigados responderão pelos crimes de formação de
quadrilha, estelionato, falsificação e uso de documentos públicos, corrupção
ativa e passiva, e facilitação ou permissão de senhas de acesso restrito a
terceiros.
Informações e vídeos podem ser enviados ao Blog
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