quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Corpo de Eduardo Campos pode ser liberado em 3 dias

Do G1


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta quinta-feira (14) que foi encerrada a coleta de dados genéticos com os familiares das vítimas do acidente em Santos. Segundo Alckmin, a previsão é que os trabalhos de identificação levem entre dois e três dias. Equipes que atuavam no resgate já encerraram a busca por restos mortais no local da queda do avião.

O acidente na quinta-feira (14) matou o candidato à presidência Eduardo Campos(PSB), piloto e co-piloto e quatro colegas de campanha do presidenciável. Ao todo, sete pessoas morreram.

O governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), esteve com Alckmin nesta tarde em SP. Ele diz que o sepultamento deve ocorrer 24 horas após a chegada dos corpos ao Recife. De acordo com Lyra, os corpos de moradores de Pernambuco serão liberados juntamente com o de Eduardo Campos, a pedido da família do político.

Segundo ele, a definição sobre a futura chapa só vai ser tomada quando "terminarem as conversações".  "O legado do Eduardo Campos é muito forte neste momento.  Tendência é ter candidato próprio e deve se confirmar", disse.

Trabalho no IML
Onze sacos com fragmentos de corpos dos passageiros e da tripulação da aeronave já foram levados à sede do Instituto Médico-Legal (IML) na região central de São Paulo.

Os fragmentos chegaram em dois veículos próprios para esse tipo de transporte entre a noite de quarta-feira (13) e a manhã de quinta (14). Um terceiro veículo permanece em Santos para recolher os fragmentos restantes.

O diretor do IML em São Paulo, Ivan Miziara, afirma que não há prazo para conclusão da análise do material entregue ao instituto.


"Esperamos concluir os trabalhos o mais rápido possível. É um trabalho muito complexo e não temos prazo. A gente segue padrões de protocolos internacionais de identificação, que precisam ser feitos em uma situação como essa", afirmou o diretor do IML.

Familiares de algumas das sete vítimas do acidente já estiveram no IML entre a noite de quarta e a manhã de quinta para ceder material genético que será usado no reconhecimento dos corpos. Só após a conclusão do processo os corpos serão liberados para velório e enterro.

Exames de DNA serão essenciais para o reconhecimento das vítimas. "Em alguns casos chegou o material trazido pelos dentistas das vítimas, mas o grosso do material analisado dos restos mortais vai ser feito por exame de DNA", disse Miziara, diretor do IML.

"Sem os DNAs vai ficar muito mais complicado. Daria para trabalhar, mas levaria muito mais tempo", disse.

Os governos de Pernambuco e do Sergipe estão ajudando nesse processo e coletam respectivamente material genético da família de Campos, que permanece em Recife, e de Pedro Valares, assessor político do candidato.

Previsão de liberação
O líder do PSB na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque, esteve no Instituto Médico Legal (IML) e afirmou que a previsão mais “otimista” para a liberação dos restos mortais de Eduardo Campos e das demais vítimas do acidente aéreo ocorrido em Santos é sábado (16).

“Os corpos estão totalmente dilacerados, infelizmente”, disse. “O prazo mais otimista seria no sábado”, completou Albuquerque.

O líder do partido disse que todas as vítimas vão ser liberadas juntas. “Nós só vamos liberar os corpos dos sete juntos em homenagem e respeito à família de todos. Ninguém sairá antes”, afirmou.

Ele integrou uma comitiva de políticos do PSB que foi até o IML na manhã desta quinta e disse não saber se há pedaços dos sete corpos no IML.

Outros políticos do PSB presentes foram Paulo Câmara, candidato ao governo de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, candidato ao Senado e Julio Delgado, deputado estadual em Minas Gerais.

Outro político que esteve no local foi o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, Alexandre Padilha.

Arcada dentária
O dentista de Campos, Fernando Cavalcanti, também compareceu ao IML de São Paulo na madrugada desta quinta levando radiografias e um molde da arcada dentária de Eduardo Campos.

Outro presente foi Francisco Sacramento, da Polícia Científica de Pernambuco, que trabalhou no acidente envolvendo o voo da Air France, em 2009.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), uma equipe de 30 profissionais de perícia aguardavam a chegada dos corpos.

"Quatro peritos da Polícia Federal estão apoiando os trabalhos. A realização dos exames de DNA ficará sob a responsabilidade de 10 peritos criminais do Instituto de Criminalística, especialistas em genética forense”, diz a secretaria.

O acidente
A Aeronáutica informou em nota que o avião decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá, também no litoral. Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Moradores disseram ter visto uma bola de fogo no céu. Os destroços atingiram residências do bairro e seis vítimas do acidente que moravam na área onde caiu o avião foram para a Santa Casa de Santos, entre elas duas crianças, duas mulheres e uma idosa. Segundo o hospital, todos passam bem.

A bordo da aeronave (veja como foi a queda do avião), estavam sete pessoas, das quais cinco passageiros (entre eles Campos) e dois tripulantes. Veja a lista dos mortos:

- Eduardo Campos, candidato à Presidência
- Alexandre da Silva, fotógrafo
- Carlos Augusto Leal Filho (Percol), assessor
- Geraldo da Cunha, piloto
- Marcos Martins, piloto
- Pedro Valadares Neto
- Marcelo Lira

A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar o motivo do acidente. A PF enviou seis peritos para Santos a fim de trabalhar na apuração do caso. Aeronáutica e Polícia Civil também vão investigar.


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