Por Rosivaldo Silva Santos
“O
Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar
boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a
proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;” (Isaías
61.1).
Cristo sem a menor dúvida é o Grande Libertador. A
profecia de Isaías que embasa este texto mostra que antes de Jesus assumir a
imagem do homem e vir em carne a terra, Ele já havia recebido do Seu Pai uma
unção especial derramada pelo Espírito Santo com a finalidade, dentre outras
coisas, de proclamar liberdade aos cativos e abertura de prisão aos presos. E
Jesus desenvolveu este ministério com abundante graça.
Não houve sequer uma pessoa presa pelo pecado, pelo
mundo ou pelo diabo que se encontrando com Jesus não tenha sido liberta.
Libertas da culpa, do engano, das opressões diabólicas, dos espíritos que
traziam enfermidades, etc. os judeus esperavam um rei libertador que quebrasse
o jugo romano que pesava-lhes sobre os ombros, mas Jesus era o REI LIBERTADOR
que lhes tirou um fardo muito mais pesado que o fardo de Roma. Com seu poder e
com seus sermões vigorosos Jesus abriu inúmeras prisões e cadeias. Ele obteve
êxito total nesta missão de sublime importância. Por cerca de três anos e meio
ele não cessou de arrancar pessoas de suas algemas e moléstias, mas por fim Ele
retornou ao céu.
Mas a ida de Jesus ao céu, não foi marcada pelo fim das
prisões entre os habitantes do mundo da sua época, muitas pessoas que não
haviam se encontrado com Jesus permaneceram oprimidas e carentes de libertação,
por isso, antes de ser recebido no céu, Jesus teve o devido cuidado de passar
às mãos dos seus servos a chave com a qual Ele tantas vezes abrira as prisões.
Hoje ainda muitos povos em todo o mundo são oprimidos
pelo mesmo inimigo que atormentava e aprisionava as pessoas a quem Jesus
libertou: satanás. E a chave que abre as prisões e algemas dessa gente está nas
mãos da igreja. Nós que servimos a Deus não podemos ignorar essa verdade e
ficar reprimidos e sem foco enquanto multidões morrem todos os dias presas por
satanás. Se nós já dispomos da chave e se sabemos que podemos e devemos usar,
resta-nos nos posicionarmos como servos e soldados de Jesus diante das
multidões que perecem a cada hora que passa. Precisamos ser ativos e corrermos
com perseverança e rapidez em direção às prisões onde satanás mantém as almas
presas.
Provérbio 24.11 nos pinta um quadro triste que retrata
bem o que temos falado até aqui: “Liberte os que estão sendo levados para a
morte; socorra os que caminham trêmulos para a matança!” esse texto nos faz
pensar na imagem de uma pessoa algemada sendo tirada de uma cela de prisão e
sendo levada pelo algoz para o lugar onde será decapitada. Como Igreja de Deus,
somos o único povo da terra que possui a chave que abre as prisões dessas
pessoas. O texto de Provérbios nos fala de modo imperativo, não é uma opção,
nem algo que pode ser deixado para depois. É urgente e é crucial e disso
depende a vida eterna de muita gente. Talvez alguém ouse dizer que o texto de
Isaías 61.1 trate apenas da unção e do papel messiânico de Jesus na história da
salvação. Mas é justamente ai que reside grandeza desse texto.
O texto em foco nos mostra que o Pai e o Espírito
capacitaram Jesus, o Filho para fazer essa obra libertadora na terra, mas após
sua ressurreição, Jesus apareceu aos doze e lhes disse isso: “(…) Paz seja com
vocês! Assim como o Pai me enviou, eu os envio. E com isso, soprou sobre eles e
disse: Recebam o Espírito Santo” . O evangelista João nos informa que Jesus
falou que estava enviando os doze do mesmo jeito que o Pai O tinha enviando,
isto é, com a mesma missão de libertar aos homens com a chave do evangelho.
Marcos diz em seu evangelho o seguinte sobre o inicio do
ministério de Jesus: “Depois de João ser preso, foi Jesus para a Galileia,
pregando o Evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino
de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no Evangelho”. Jesus pregava o
evangelho e com esse evangelho Ele abria as prisões de satanás e trazia as
pessoas para fora, agora era a vez dos discípulos, depois as igrejas se
espalharam pelo mundo todo do primeiro século e o evangelho continuava a abrir
as prisões, hoje Deus conta com você e comigo para continuarmos a abrir as
prisões dos cativos.
Ser negligente na obra da evangelização do mundo atual
não é apenas uma forma de demonstrar ingratidão pelo que Jesus já nos fez, é
antes de tudo um serviço feito ao próprio diabo. Se não nos apressarmos em
abrir as prisões, as almas perecerão nas garras do diabo e culpa disso será tão
nossa quanto do diabo. Sim, seremos tão culpados quanto o diabo se deixarmos de
pregar o evangelho da libertação e da salvação.
Há um símbolo criado pelos seguidores da Nova Era que
representa o choro de Lúcifer pelas almas ainda não conquistadas, eu pergunto,
onde está o choro das igrejas pelos perdidos? Onde está o empenho, o serviço, a
busca pelos que ainda não foram alcançados pela salvação de Deus?
É
tempo de despertarmos. É tempo de nos apressarmos, é tempo de agirmos!
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