A presidente Dilma Rousseff sancionou
a lei 12.783, que renova concessões do setor de energia e permite o
barateamento da conta de luz dos brasileiros. A lei foi publicada na edição
desta segunda-feira (14) do "Diário Oficial da União".
De acordo com cálculos do governo
federal, as medidas previstas na lei vão levar a uma redução média de 20,2% na
tarifa de energia a partir de fevereiro. O texto publicado apresenta seis vetos
em relação ao aprovado pelo Congresso.
A lei permite ao governo prorrogar,
por até 30 anos, concessões de geração (usinas hidrelétricas e térmicas),
transmissão e distribuição de energia que vencem entre 2015 e 2017. Em troca,
esses concessionários tiveram que aceitar receber, já a partir de 2013, uma
remuneração até 70% inferior pelo serviço prestado.
Uma parte da redução na conta de luz
vem através dessa medida. A outra vem da eliminação, da conta de luz, de dois
dos encargos setoriais incidentes: a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a
Reserva Geral de Reversão (RGR). Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
será reduzida a 25% de seu valor atual, e assume o custeio de programas
contidos nos outros dois.
A energia produzida pelas usinas
cujas concessões estão sendo prorrogadas, mais barata por conta do corte na
remuneração desses agentes, será transformada em cotas e repartida entre todas
as distribuidoras do país. Dessa maneira, segundo o plano do governo, o
barateamento na conta de luz vai poder chegar a todos os brasileiros.
Briga
O plano do governo foi aceito por todas as concessionárias atingidas pela medida, com exceção de usinas hidrelétricas administradas pela Cesp, Cemig e Copel, empresas controladas, respectivamente, pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
A recusa das três empresas levou o
governo a anunciar, em dezembro, que a redução na conta de luz ficaria em
16,7%, menor que os 20,2% previstos anteriormente. E as acusações de que os
governos desses estados, controlados PSDB, partido que faz oposição ao governo
da presidente Dilma Rousseff (PT), havia recusado a proposta para prejudicar o
plano.
Mais tarde, representantes do governo
federal informaram que medidas adicionais seriam adotadas para permitir a
redução de 20,2% anunciada pela presidente Dilma.
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