Depois do
escândalo de desvio de R$ 5 milhões do seguro-defeso no município de Viana só
em 2014, a “Bancada do Peixe” na Assembléia Legislativa do Maranhão, formada
pelos deputados Júnior Verde (PRB), Fernando Furtado (PCdoB) e Edison Araújo
(PSL) permaneceram em silêncio diante da revelação bombástica de formação de
uma quadrilha instalada no Sindicato dos Pescadores daquele município. Só após
duas semanas do ocorrido, dois dos três deputados resolveram trocar farpas na
tribuna da AL e trocaram graves acusações de corrupção.
Edson Araújo (PSL), como sempre,
permanece “mudo” sobre o escândalo de desvio de dinheiro no setor da pesca no
estado.
O Fernando Furtado fez,
ainda na semana passada, a primeira acusação contra Júnior Verde. Em entrevista
ao jornalista Djalma Rodrigues, na Rádio Capital AM, Furtado disse que o irmão
do deputado federal Cléber Verde (PRB) transformou a Superintendência Federal
da Pesca no Maranhão, que ele comandava, em “balcão de negócios”.
“Essa história é repleta de
ameaças e perseguições. O Júnior Verde, quando esteve à frente da
Superintendência da Pesca, perseguiu adversários e fez negociatas, dividindo
parcelas do seguro-defeso e oferecendo benefícios àqueles que garantiam votar
nele para deputado estadual”, denunciou o comunista.
Segundo ele, os irmãos Verde
filiavam “pseudo-pescadores” para “dividir recursos”. “Existe realmente essa
manobra, de se filiar pseudo-pescadores no Maranhão, para se dividir recursos
do seguro-defeso. Isso começou a ganhar mais contornos a partir da entrada em
cena dos irmãos Verde no setor”, afirmou.
Júnior Verde contra-atacou ontem,
em discurso na Assembleia. E insinuou que, ao mesmo tempo em que acusa
adversários de fazer negócio com a pesca no Maranhão, Furtado tem parentes
comandando sindicatos de pescadores.
“Interessante, quando se fala em
balcão de negócios, porque tem mulher tomando conta de um sindicato, irmão
tomando conta de outro, primo tomando conta de outro. Questão familiar. E ainda
vão falar de balcão de negócios? Tendo uma família inteira participando lá do
sindicato”, relatou.
Fernando Furtado nega: “Não tenho
parente nenhum, em nenhum sindicato”. Ele apontou Verde como o emissor das
carteiras apreendidas pela polícia na operação em Viana.
Verde reagiu, e declarou que
Fernando Furtado “se utiliza dessa prerrogativa para colocar inverdades que
maculam a honra, a imagem das pessoas, sem apresentar provas”.
“Eu estava lá [na
Superintendência da Pesca] para fazer carteiras verdadeiras”, declarou. E cobrou
do “colega de bancada” provas das acusações que fazia. “O ônus da prova cabe a
quem acusa”, completou.
Logo ao fim da sessão, o deputado
Fernando Furtado reafirmou as acusações.
“O que disse foi apenas a
verdade, que tem que ser dita e que está doendo em alguém”, ressaltou.
De acordo com o comunista, as
várias carteiras de pescadores apreendidas em Viana foram emitidas na gestão de
Júnior Verde.
Ele argumenta que essa seria uma
prova do envolvimento do parlamentar com o esquema desbaratado.
“Eu não preciso de provas, porque
estão bem aí, estão em todos os jornais, porque apareceu um monte de carteira.
Aquilo ali é o quê? Aquilo ali é carteira de pescador. Agora, pergunta quem
deu. Eu não trabalhei na Superintendência da Pesca. Eu nunca trabalhei lá. Eu
nunca fui superintendente”, disse, referindo-se ao posto ocupado por Verde.
(de O Estado com modificações)
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eu só sei de uma coisa, tem mais pescadores do que peixe. EM ROSÁRIO SÃO MAIS DE 11.000, PODE OU QUER MAIS
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