O Dr.
Mozart Baldez, advogado que faz a defesa dos vereadores Magno Nazar (PRP) e
Agenor Brandão (PV) no processo que pede a cassação do mandato eletivo dos dois
parlamentares, vai pedir junto ao tribunal regional eleitoral – TRE, acareação do
major Roberto, ex-comandante da 7ª CI e da promotora de Justiça, Drª Elizabeth
Albuquerque, que atuava na promotoria de Rosário no início do processo.
O processo vem se
estendendo desde o ano de 2012, data em foram feitas investigações e até
interceptações telefônicas dos parlamentares, julgadas irregulares pela defesa.
Ocorre que, diante de um
mandado de segurança expedido pelo TRE, Dr. Mozart Baldez ganhou o direito de
interrogar o major, a promotora e o delegado do departamento estadual de narcóticos
- Denarc, todos integrantes da operação que resultou na investigação e na
escuta telefônica dos parlamentares acusados de tráfico de drogas em Rosário. Todos
já foram ouvidos em audiência. Este último, o delgado do Denarc, Cláudio Mendes,
foi ouvido nesta quarta-feira (18), em São Luis.
Em depoimento, o delegado
disse que havia realizado uma operação que resultou na prisão de várias
pessoas, inclusive de um investigador da polícia civil por tráfico de drogas, e
que, meses depois, a juíza, a promotora e o major começaram a receber ameaças
por telefone. Segundo disse o delegado, o major e a promotora teriam informado
que entre os traficantes preso havia ligações com dois vereadores: Um seria Magno
Nazar e o outro não se lembrou. Aí começaram as escutas.
Cláudio disse ainda que
mesmo tendo interceptado os telefones dos vereadores, não encontrou nenhuma
ligação deles com o tráfico de drogas, mas apenas supostas compra de votos. A interceptação
fora realizada por três meses no ano de 2012, data em que Magno e Brandão
disputavam sua reeleição. Após ter ouvido conversas nas interceptações, o
delegado disse ter enviado todo o conteúdo à juíza eleitoral da 18ª zona, para
que encaminhasse ao ministério público pelos indícios de compra de votos nas
escutas.
Claudio disse ainda que
mesmo tendo recebido o informe de uma testemunha anônima, não abril inquérito policial,
não chegou a colher depoimento da denunciante e nem ouviu as pessoas
mencionadas na denúncia, muito menos o major Roberto. O delegado continuou
dizendo que não se lembra se a testemunha e o major prestaram depoimento à
promotora, e que teria entregue as escutas telefônicas à mesma juíza que teria
deferido o pedido para as interceptações. Segundo ele, o que pesou contra os
vereadores foi somente a suposta prática de crime eleitoral, mas reiterou que
solicitou a interceptação telefônica para investigar envolvimento com o tráfico
de drogas. Ele afirmou ainda que não procedeu com perícia na voz das pessoas
interceptadas, e que, por isso, não pode afirmar se as vozes constadas nas
escutas são mesmo dos vereadores.
O depoimento do delegado
Cláudio Mendes foi muito esclarecedor e pode ajudar a enterrar o processo que
tramita na justiça contra Brandão e Magno, é o que acredita o advogado Mozart.
Meses atrás a promotora e o
próprio major foram ouvidos em audiência de colhimento de informações. Segundo
o advogado que acompanha o caso, há duas versões no depoimento do major e da
promotora, e que, por isso, está solicitando uma acareação para ouvir os dois
frente a frente. (Ver vídeo).
Informações e vídeos
podem ser enviados ao Blog Bacabeira em Foco através do e-mail:bacabeiraemfoco@hotmail.com ou pelo
WhatSapp (98) 9-9965-0206
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