Clientes de duas agências
bancária de São Luís foram surpreendidos, nessa
quinta-feira (24), com a decisão de tirar de funcionamento os caixas
eletrônicos a partir das 18h. As agências do Banco do Brasil e da Caixa
Econômica aderiram a medida que impede clientes de usarem os caixas eletrônicos
depois das 18h.
O aviso do não funcionamento do autoatendimento tem gerado reclamações. De acordo com o gerente regional da Caixa Econômica Federal, Ricardo Lima, a medida se dá em função das fraudes registradas nas agências.
O aviso do não funcionamento do autoatendimento tem gerado reclamações. De acordo com o gerente regional da Caixa Econômica Federal, Ricardo Lima, a medida se dá em função das fraudes registradas nas agências.
"Os bandidos costuma
usar um artefato na saída de dinheiro do caixa e o cliente não percebe porque é
da mesma cor da máquina. Então a pessoa insere o cartão pra realizar o saque e
na hora de retirar o dinheiro as cédulas ficam retidas no artefato, a pessoa
acha que o saque não foi concluído e vai embora. Aí os bandidos voltam para
retirar as cédulas que ficaram presas", afirmou.
O diretor de Segurança
Institucional do Banco do Brasil, sediado em Brasília, Ricardo Lot, afirma que
as mudanças ocorridas no horário de funcionamento da instituição financeira em
São Luís não foram adotadas somente na capital maranhense. A medida seria resultado
de um trabalho de pesquisa e foi iniciada em dezembro pelo Estado de São Paulo.
“São estudos nacionais sobre atendimento nas agências e que levam em conta os benefícios na redução da rede e na otimização dos recursos. Isso porque foi constatada uma baixíssima utilização de agências fora do horário de expediente em áreas comerciais e de distritos industriais”, declarou.
"Ainda segundo o diretor seguindo as indicações do estudo do BB, a medida já está sendo adotada pelo banco em estados como São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e, agora, no Maranhão. “Em Brasília, por exemplo, estão sendo fechadas há algum tempo as agências do setor gráfico e do setor de postos”, disse.
O secretário de Segurança Pública do Maranhão (SSP), Ricardo Murad afirmou, em reunião com o diretor do Banco do Brasil, que a SS tem adotado várias medidas com o objetivo de coibir ações criminosas contra instituições bancárias em todo o Maranhão, tanto de forma preventiva quanto nas investigações e no trabalho de inteligência policial, que têm culminado com a prisão de dezenas de quadrilhas de assaltantes de bancos.
Na capital, a Polícia Militar
implantou a Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), que tem executado ações de
patrulhamento ostensivo, principalmente nos grandes corredores bancários e
áreas de concentração comercial. O trabalho de segurança pública conta ainda
com o Sistema de Videomonitoramento, com 110 câmeras distribuídas nas
principais avenidas e pontos de São Luís.
No âmbito da Polícia Civil, existe um departamento vinculado à Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), responsável por investigar a atuação desses grupos e também fazer o monitoramento, por meio do Núcleo de Inteligência, da movimentação desses quadrilheiros não só no estado como também em regiões fronteiriças. Somente em 2013, foram retiradas de circulação 12 quadrilhas e cerca de 90 pessoas envolvidas com esses crimes.
Resolução
De acordo com a promotora do Consumidor, Lítia Cavalcante, a medida é aceita somente em caso de perturbação da ordem, conforme prevê o Banco Central. "De acordo com o artigo 6º- A, da Resolução nº 2932, as instituições financeiras podem decidir sobre a suspensão do atendimento ao público em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou em casos que possam acarretar riscos à segurança dos funcionários e dos clientes. É um incômodo, mas não há ilegalidade. A decisão tem um aparo legal, embora vá causar transtorno à sociedade." afirmou.
O sindicato dos bancários diz ser contra a medida adotada pelas agências. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, José Maria Nascimento, os bancos deveriam investir em mais segurança privada. "Nós entendemos que falta segurança aos bancos, que deveriam investir nessa área, contratar mais vigilantes e acionar o sistema de segurança pública do Estado.", disse. (Do G1MA)
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