quinta-feira, 10 de abril de 2014

Comissão externa visitará obras da Refinaria Premium I da Petrobras



A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) aprovou, ontem, requerimento dos deputados Simplício Araújo (Solidariedade/MA) e Carlos Brandão (PSDB/MA) que cria uma comissão externa para visitar e acompanhar as obras da Refinaria Premium I, localizada em Bacabeira (MA).
Os serviços estão paralisados desde 2012 com a desmobilização do canteiro de obra. A construção vem se arrastando desde 2009, quando a então candidata ao governo do Maranhão, Roseana Sarney, e o ex-presidente Lula inauguraram a pedra fundamental daquela que deveria ser uma das obras mais importantes de seu governo e da Petrobras: a refinaria Premium I de Bacabeira (MA).
O deputado Simplício Araújo disse que quer evitar que a refinaria seja usada, mais uma vez, como palanque eleitoral no estado. Para o parlamentar, é preciso que exista uma pressão de todos os setores para que a Petrobras cumpra com o prometido e entregue a refinaria ao povo do Maranhão.
“Os custos e os atrasos que estão ocorrendo com a Refinaria em Bacabeira não podem passar em branco. Superfaturamentos estão sendo denunciados por todos os meios de comunicação. Promessas por parte da presidente da Petrobras, Graça Foster, não são cumpridas. O povo do Maranhão merece uma resposta”, ressaltou Simplício Araújo.
A oposição já colheu assinaturas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar a administração da Petrobras. Nessa terça-feira (8), a oposição entregou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a continuidade do processo de instauração da CPI.
Caso a comissão seja aprovada, os parlamentares irão questionar os envolvidos sobre os motivos que levaram a Petrobras, o governo federal e, principalmente, o governo do Maranhão a usar, de maneira escancarada, a refinaria como palanque político. E questionarão ainda o porquê do atraso da obra.
As obras de terraplanagem da área definida pela Petrobras para instalar a refinaria custaram R$ 789 milhões a mais do que o previsto no contrato inicial – que era de R$ 711 milhões –, assinado em 14 de julho de 2010 entre a estatal e o consórcio GSF (Queiroz Galvão, Serveng e Fidens), vencedor da licitação para tocar os serviços. O valor gasto na terraplanagem foi de R$ 1,5 bilhão – mais do que o dobro do previsto inicialmente.

O custo total previsto para a construção da refinaria é de R$ 20 bilhões, mas com os chamados termos contratuais aditivos, a obra deve dobrar de preço – como ocorreu nos serviços de terraplanagem.

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