G1
O Programa Nacional de Acesso ao
Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) vai destinar 90 mil vagas para pessoas
privadas de liberdade que cumprem pena nos regimes aberto, semiaberto, fechado
e de prisões provisórias, além daquelas que já cumpriram as penas previstas. O
acordo foi assinado na manhã desta quinta-feira (7), em Brasília, pelos
ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Cardozo.
A previsão é ofertar 35 mil neste ano
e chegar ao total de 90 mil até 2014 para cursos técnicos e de formação
continuada. O investimento será de R$ 180 milhões.
Segundo Mercadante, há interesse da
população carcerária em estudar, já que 26 mil presos fizeram o Exame Nacional
do Ensino Médio (Enem) no ano passado. "63% dos presos não têm ensino
fundamental completo. Vamos dar ênfase ao ensino tecnológico porque abre mais
perspectiva de ressocialização e chance de encontrar um emprego."
As vagas serão oferecidas segundo
encaminhamento feito pelo Ministério da Justiça. Não haverá cotas no programa.
"Mas se você entender cota como pobre e negro da escola pública, é
100%", declarou o ministro da Educação.
De acordo com o Ministério da
Justiça, a pasta já elaborou nota técnica para que a cada doze horas estudadas
haja o abatimento de um dia de pena."Isso implica na redução de custos
para o estado”, disse o diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Augusto
Eduardo de Souza Rossini.
“Estamos buscando estimular um
caminho de ressocialização dos presos. O nível de reincidência do crime e
extremamente elevado no Brasil. A formação tecnológica profissional traz
oportunidades”, disse Mercadante.
O ministro Aloizio Mercadante
informou que será necessário construir 760 salas de aula dentro dos presídios.
Atualmente, há mais de 500 mil presos no Brasil, sendo 94% em presídios
masculino. Há 1340 presídios masculinos e 80 femininos.Do total de presos, 75
mil estão em regime semiaberto. Mais da metade são jovens entre 18 e 30
anos.
Bolsa para filhos de policiais
O ministro também informou que o governo está formulando projeto para garantir a conclusão dos estudos de filhos de policiais e agentes penitenciários mortos em serviço, com acesso irrestrito ao Prouni. Segundo Mercadante, ainda estão sendo levantados dados sobre a quantidade de pessoas que deverão ser beneficiadas e se haverá necessidade de aprovação de projetos no legislativo.
“Temos obrigação de garantir bolsa a todos os filhos de policiais brasileiros assassinados de forma covarde. Os filhos vão estudar até quando quiserem e o Estado vai garantir”, afirmou Mercadante.
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