São Luís amanheceu totalmente
sem ônibus nas ruas pelo segundo dia consecutivo na manhã desta quarta-feira
(28). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Maranhão
(Sttrema) Gilson Coimbra confirmou, no início da manhã, que a categoria vai
continuar a paralisação total da frota na capital maranhense até que a situação
dos trabalhadores seja resolvida.
"Continua hoje cem por
cento. Só vamos voltar a rodar quando resolver a situação dos trabalhadores e
esperamos que hoje resolva a situação. Ontem, baixamos nossa proposta e agora
estamos nas mãos da prefeitura e da classe patonal. O trabalhador quer
trabalhar", declarou Coimbra, em entrevista Rádio Mirante AM.
Em reunião de quatro horas de
duração na noite dessa terça-feira (27), representantes dos rodoviários e do
Sindicato das Empresas de Transporte (SET) não chegaram a um consenso quanto ao
reajuste salarial e outros benefícios exigidos pela categoria. Além dos
sindicatos, a rodada de negociação reuniu - na sede da Secretaria Municipal de
Trânsito e Transporte (SMTT) - representantes dos ministérios públicos Estadual
(MP-MA) e do Trabalho (MPT-MA), Prefeitura de São Luís e Governo do Estado.
Os rodoviários apresentaram
uma segunda proposta diminuindo o percentual de reajuste de 16% para 11% e
mantendo os pedidos de reajuste do ticket-alimentação para R$ 500; inclusão de
um dependente no plano de saúde, além da implantação do plano odontológico.
Mesmo assim, os empresários não cederam.
O SET exigiu um pagamento
mensal de R$ 4 milhões da Prefeitura de São Luís para diminuiria o prejuízo
alegado pelos empresários. No entanto, o secretário Canindé Barros (SMTT) disse
que o Executivo não pode bancar o repasse, apenas medidas em médio e longo
prazo, como a instalação de um sistema biométrico facial que ajudaria a
identificar os usuários dos cartões de transporte e os que possuem direito ao
passe livre. Outra proposta a ser estudada, em parceria com o governo estadual,
é a diminuição no ICMS cobrado sobre o valor do óleo diesel.
Multa do TRT-MA
Nessa terça-feira (27), o
Tribunal Regional do Trabalho (TRT-MA) aplicou multa de R$ 384 mil ao Sindicato
dos Rodoviários pelo não cumprimento de decisão proferida pela desembargadora
do TRT-MA Ilka Esdra, que determina que 70% da frota circule em São Luís
durante a greve. A penalidade é referente aos quatro dias em que os rodoviários
não cumpriram a liminar. Segundo a SMTT, na quinta-feira (22), apenas 35% da
frota de ônibus circulou, enquanto na sexta (23) foram 59%; no sábado (24),
63%; no domingo (25), normalmente; na segunda (26), 63%; e, na terça (27), a
paralisação foi total.
Além da multa, o novo
despacho da desembargadora determina que o movimento grevista cesse
imediatamente. No entanto, até o momento, o Sindicato dos Rodoviários foi
oficialmente notificado da multa no valor de R$ 96 mil referente apenas ao
primeiro dia de paralisação.
Paralisação
O movimento grevista foi deflagrado após uma série de reuniões entre o Sindicato dos Rodoviários e o das Empresas (SET). Apesar da mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT-MA), não houve consenso sobre o percentual de reajuste solicitado pelo rodoviários. Os trabalhadores pedem 16% de aumento salarial; reajuste do ticket-alimentação para R$ 500; inclusão de um dependente no plano de saúde e implantação do plano odontológico.
O movimento grevista foi deflagrado após uma série de reuniões entre o Sindicato dos Rodoviários e o das Empresas (SET). Apesar da mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT-MA), não houve consenso sobre o percentual de reajuste solicitado pelo rodoviários. Os trabalhadores pedem 16% de aumento salarial; reajuste do ticket-alimentação para R$ 500; inclusão de um dependente no plano de saúde e implantação do plano odontológico.
Durante as negociações, o SET
não apresentou propostas. Em entrevista coletiva realizada no primeiro dia do
movimento, o presidente do SET, José Luiz de Oliveira Medeiros, disse que os
empresários não têm como bancar qualquer reajuste ou benefício. Segundo ele,
desde o fim de 2009, a cada mês os empresários acumulam um prejuízo superior a
R$ 9 milhões. “Lamentavelmente ir para uma negociação sem condições de oferecer
nada é desgastante para as duas partes. Por isso é que não foi possível esse
entendimento”, argumentou. (Informações do G1MA)
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