As
câmeras de segurança do ônibus atacado e incendiado na última sexta-feira por
bandidos em São Luís do Maranhão gravaram a morte da menina Ana Clara Santos
Souza, de 6 anos. Ela entrou no carro com a mãe, Juliane, de 22 anos, e a irmã,
Lorrane, de 1, às 20h07.
No minuto seguinte, um bandido conhecido como “Porca
Preta” entra com uma pistola na mão e rende o motorista. As imagens da câmera
não mostram, mas, do lado de fora, seis comparsas – sendo três menores de idade
– cercam o veículo. Em seguida, um outro menor despeja gasolina e ateia fogo ao
carro.
Assustados, os passageiros começam a correr para fora.
Quando chega a vez de Juliane e suas filhas, as chamas tomam conta da saída. As
três são atingidas. A mãe e a filha menor correm para dentro do ônibus.
Ana Clara fica na escada, no meio do fogo. Uma
passageira pula por cima dela e consegue escapar. Quando a menina sai do
ônibus, está com o corpo em chamas. Por alguns segundos, perambula atônita pela
rua. Ela morreu dois dias depois, com 95% do corpo queimado na UTI pediátrica
do Hospital Estadual Juvêncio Matos.
A mãe e a irmã continuam internadas em estado grave. A
polícia já sabe que a ordem para os ataques perpetrados em São Luís nos últimos
dias, incluindo o que matou Ana Clara, partiu de um detento do presídio de
Pedrinhas conhecido como “Dragão”.
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