O Ministério Público do Maranhão ofereceu
denúncia nesta segunda-feira, 20, contra os acusados de organizar e executar o
ataque ao ônibus na Vila Sarney Filho, em São José de Ribamar, no dia 3 de janeiro, que
resultou na morte de Ana Clara Santos Souza.
Além do homícidio da menina
de seis anos, Jorge Henrique Amorim Santos (Dragão), Wlderley Moraes (Paiakan),
Hilton John Alves Araújo (Praguinha), Giheliton de Jesus Santos Silva (Gil),
Samuel Rodrigues Alves (Anel), Thallyson Vitor Santos Pinto e Larravadiere
Silva Rodrigues de Sousa Júnior (Júnior Black) também responderão pela
tentativa de homicídio de Lohanny Beatriz Santos Costa e Juliane Carvalho
Santos, irmã e mãe de Ana Clara, respectivamente, e de Abianci Silva dos Santos
e Márcio Ronney da Cruz Nunes. Todas as vítimas foram queimadas no ataque.
Na denúncia, a titular da 1ª
Promotoria de Justiça de São José de Ribamar, Geraulides Mendonça Castro,
destaca que as lesões provocadas pelo fogo em Ana Clara causaram grande
sofrimento na vítima e, mesmo assim, nenhum dos denunciados desistiu de
consumar o crime ou minimizar o sofrimento da garota ou das outras vítimas.
“As cenas da câmera instalada
no veículo são chocantes e demonstram a presença dos mesmos no local,
totalmente indiferentes quanto às vítimas que padeciam cruelmente em meio ao
fogo ardente, demonstrando um desvalor acentuado de suas condutas, com total
ausência de limites”, destacou a promotora de justiça.
O MPMA constatou que o grupo
organizou o atentado em uma reunião na Vila Sarney Filho quando foram divididas
as tarefas. A ordem partiu de dentro do Complexo Penitenciário de
Pedrinhas. A execução do crime ocorreu instantes depois e teve a
participação de quatro adolescentes. Um deles entrou no ônibus e ameaçou o
motorista com um revólver, forçando a parada do veículo. Em seguida, os demais
acusados, que estavam escondidos, com a participação dos adolescentes, atearam
fogo no ônibus e ameaçavam os passageiros.
Sansão dos Santos Sales e
Julian Jeferson Sousa da Silva deixaram de ser denunciados por não ter
identificado qualquer participação deles nos crimes. A Promotoria de Justiça
pediu a liberdade imediata dos dois. Eles também foram presos preventivamente
após o atentado.
Adolescentes infratores
A 2ª Promotoria de Justiça Cível de São José de Ribamar instaurou procedimento em que requer a decretação da internação provisória dos quatro adolescentes que também atearam fogo no ônibus. O processo tramita na 3ª Vara Cível do município.
Segundo o Ministério Público,
os adolescentes em conflito com a lei, devem ter o cerceamento de suas
liberdades autorizado, diante da comprovação dos seus delitos e da necessidade
de se assegurar o livre curso da instrução e a posterior aplicação da lei.
“Apesar da pouca idade, os
adolescentes excederam em demasia, indicando gritante periculosidade, sendo
imensa sua culpabilidade”, observa o promotor de justiça Carlos Henrique Brasil
Telles de Menezes, autor do requerimento. (G1MA)
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