O
“Movimento Rio de Paz” lançou um abaixo-assinado
virtual a favor do impeachment da governadora
do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB) . Responsável por uma petição que pedia o
afastamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que contou com
460 mil assinaturas, a ONG critica agora “as condições subhumanas das prisões
maranhenses”. A iniciativa ocorre após a decisão de 20 advogados de São Paulo,
que protocolaram o pedido de afastamento de Roseana na Assembleia Legislativa
do Maranhão. A expectativa do “Rio de Paz” é recolher o maior número possível
de assinaturas e entregá-las ao presidente da Assembleia do Maranhão.
O texto ao qual o
abaixo-assinado está relacionado diz que o estado do Maranhão “serviu de
parteiro da maldade humana”.
“Após as mais claras advertências feitas por
instituições legitimamente constituídas para agir pelo Estado de Direito
(Conselho Nacional do Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça,
Ministério Público Federal no Maranhão, promotores e juízes estaduais), que
cobraram da governadora Roseana Sarney solução para as condições subumanas das
prisões maranhenses, o poder público estadual desconsiderou o estado do seu
sistema prisional – dando ensejo às mortes que chocaram o mundo devido à sua
brutalidade e à interrupção da vida da menina Ana Clara Souza (foto), de apenas
seis anos de idade, que teve o seu corpo totalmente queimado dentro de um
ônibus -, numa ação injustificada orquestrada por líderes de facção criminosa
detidos no Complexo de Pedrinhas. O problema é que o injustificável não foi o
sem causa. O governo do Estado do Maranhão serviu de parteiro da maldade
humana”, diz o texto.
A ONG lembra que o estado tem um dos piores índices
sociais do país e fala em “constrangimento” ao governo.
“A batalha pelo impeachment, contudo, não será fácil.
Teremos que lidar com uma Assembleia Legislativa que está ‘dominada’ pelo clã
Sarney. Podemos, entretanto, criar significativo fato político, causar muito
constrangimento, mostrar para o mundo que não somos uma sociedade de bananas,
fazer tremer os demais governadores que cometem o mesmo crime, uma vez que o
Complexo de Pedrinhas não é um caso isolado; e, quem sabe, por um milagre da
vida, sermos ouvidos pelos deputados maranhenses, alguns dos quais, talvez, tão
humilhados e indignados quanto milhões de brasileiros, a começar pelo bom e
sofrido povo do Maranhão”.
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