A secretária de Justiça do
Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, deve ir ao Maranhão na quarta-feira (15),
para conversar com a governadora Roseana
Sarney (PMDB), sobre a situação das carceragens dos presídios
estaduais do estado nordestino. De acordo com a assessoria da secretária, o
pedido de auxílio partiu da governadora maranhense, que busca uma solução para
a crise no sistema carcerário local.
Maria Tereza é presidente do
Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Justiça, Cidadania, Direitos
Humanos e Administração Penitenciária (Consej). Entre as ações implantadas por
ela nos três anos à frente da pasta, está a redução da população carcerária no
estado. Conforme dados oficiais, de 2010 a 2013, cerca de 2,5 mil presos do
Paraná deixaram a cadeia após vários mutirões judiciários que julgaram a
situação deles.
Outra medida adotada foi o
aumento das vagas existentes. De acordo com a Secretaria da Justiça, Cidadania
e Direitos Humanos do Paraná (Seju), seis novos presídios serão construídos a
partir de fevereiro de 2014 e outras oito unidades já existentes serão
ampliadas. Isso deve aumentar o número de vagas atual do sistema carcerário de
18 mil para pouco mais de 24 mil.
Secretária não fala sobre
visita
A assessoria da Seju informou
a reportagem de que Maria Tereza não pretende falar com a imprensa a respeito
da visita ao Maranhão, pelo menos, até segunda-feira (13). Nesse período, ela
quer estudar a situação carcerária do estado, para pensar como pode ajudar o
Maranhão a reduzir a crise.
O G1 também procurou o governo do
Maranhão, mas a Secretaria de Comunicação não se pronunciou sobre o pedido de
ajuda ao Paraná.
Crise maranhense
A crise nos presídios
maranhenses ficou conhecida em todo o país no fim de dezembro, após a
divulgação de um relatório mostrando que as carceragens locais tiveram 60
mortes em 2013, além do fato de que elas são comandadas por facções criminosas.
No dia 3 de janeiro, a Tropa de Choque da Polícia Militar adentrou os presídios
do Maranhão, na tentativa de reduzir as mortes.
No mesmo dia, quatro ônibus
foram queimados nas ruas de São Luis, com ordens que partiram de dentro dos
presídios maranhenses. Em um desses incêndios, cinco pessoas se feriram, entre
elas, uma criança de seis anos, que morreu dias depois, vítima das queimaduras.
A situação tomou grandes
proporções para a segurança da população de São Luis, que chegou a ficar sem
ônibus durante a noite. Na quinta-feira (9), o ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo, anunciou um plano emergencial para tentar reduzir a criminalidade
nas ruas e melhorar a situação nos presídios do estado. (G1/PR)
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