A mãe da menina Ana Clara Santos
Sousa, 6 anos, que morreu após ter 95% do corpo queimado em ataque a um ônibus
em São Luís, foi transferida em uma UTI aérea na
noite desta quinta-feira (9) para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília. Juliane Carvalho Santos, 22 anos, foi
encaminhada para o distrito a pedido da família, que possui parentes no local.
Juliane estava com as filhas Ana
Clara e Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, no ônibus da Vila Sarney
incendiado por homens armados na sexta-feira (3), em São Luís. De acordo com
boletim médico do Hospital Tarquínio Lopes, ela teve 40% do corpo queimado e
quadro de saúde é estável. Ela está lúcida e comunicativa e recebe
acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Por ter histórico de depressão, ela
ainda não sabe da morte da filha mais velha, sepultada na terça-feira (7), no
Cemitério Jardim da Paz, na Estrada de Ribamar
O bisavô paterno de Ana Clara,
Dasico Rodrigues da Silva, 81 anos, teve um infarto e faleceu no domingo (5) ao
saber do estado de saúde da neta, que era crítico naquele momento. Ele morreu
em casa, na Santa Cruz, em São Luís.
A operadora de caixa Abiancy
Silva dos Santos, 35 anos, e a filha menor de Juliane, Lorrane, devem receber
alta médica neste fim de semana, segundo a assessoria da Secretaria de Saúde do
Maranhão.
O entregador Márcio Ronny foi
transferido, nessa quarta-feira (8), em UTI aérea, para o Centro de Referência
de Queimados em Goiânia (HGG).
Segundo familiares da mãe de Ana Clara, Juliane conta que não encontrou a filha
de 6 anos no meio do fogo e só conseguiu descer com a outra filha, Lorrane, nos
braços. De fora do ônibus, ela teria visto o entregador Márcio Ronny resgatar
Ana Clara e se abraçar com ela para tentar apagar o fogo do corpo da criança.
Ataques
Após operação da Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, quatro ônibus foram incendiados (Vila Sarney, João Paulo e Jardim América) e duas delegacias (São Francisco e Liberdade) foram alvo de tiros em São Luís, na noite de sexta-feira (3). O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, disse que os ataques foram ordenados por detentos do presídio.
Após operação da Tropa de Choque da Polícia Militar no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, quatro ônibus foram incendiados (Vila Sarney, João Paulo e Jardim América) e duas delegacias (São Francisco e Liberdade) foram alvo de tiros em São Luís, na noite de sexta-feira (3). O secretário de Segurança Pública do Maranhão, Aluísio Mendes, disse que os ataques foram ordenados por detentos do presídio.
Na quinta-feira (2), dois presos
foram encontrados mortos em Pedrinhas. Em 2013, de acordo com um relatório do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entregue em 27 de dezembro, 60 detentos
morreram em presídios do Maranhão.
Cinco pessoas ficaram feridas
por conta dos atentados a ônibus na Vila Sarney Filho, em São José de Ribamar, na região metropolitana de
São Luís. A menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, não resistiu às
queimaduras que sofreu em 95% do corpo e morreu na manhã de segunda-feira (6).
(G1MA)
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