O Partido Popular Socialista
(PPS)
sinalizou neste sábado (7) que apoiará a candidatura de Eduardo Campos (PSB) à
Presidência da República em 2014 durante o 18º Congresso Nacional do partido em
São Paulo.
Campos foi o escolhido em uma
votação dos membros do partido, mas uma decisão definitiva sobre o apoio do PPS
deverá ser tomada apenas em 2014. Em março, o partido fará uma pré-convenção
para analisar o rumo.
A deliberação ocorreu após um
dia de debates, em que membros do partido de diversos estados defenderam outras
duas posições, além do apoio a Eduardo Campos: apoio ao candidato Aécio Neves,
do PSDB, ou também o lançamento de uma candidatura própria com Soninha
Francine.
A decisão poderá simbolizar
um rompimento com o PSDB no âmbito nacional, já que o PPS apoio as últimas duas
candidaturas tucanas à presidência. Em São Paulo, o partido vai apoiar a candidatura
de Geraldo Alckmin à reeleição.
Descontentes com a decisão de
deliberar neste sábado sobre a posição do partido em 2014, membros do partido
de MG e do RJ retiraram a defesa à candidatura de Aécio Neves e declararam
apoio à candidatura própria de Soninha Francine.
Com isso, foi feita uma nova
votação, mas apenas entre as duas propostas restantes: apoio ao PSB e a Eduardo
Campos ou à candidatura de Soninha. Com 152 votos contra 98, foi deliberado
então que em 2014, o PPS apoiará Campos nas eleições presidenciais.
Segundo o presidente do
partido, Roberto Freire, se o partido tivesse que lançar uma candidatura
própria, essa teria que ter começado em dezembro de 2012. "O que se indica
aqui é o que é melhor para o partido, uma alternativa para enfrentar o
lulopetismo", disse.
No entanto, alguns membros,
como o deputado Humberto Souto, de Minas Gerais, defenderam a necessidade de
mais tempo para tomar essa decisão. "Interessa ao PPS aderir a um
candidato um ano antes da eleição e ficar preso ao que vier a acontecer
posteriormente? Por que não Aécio? Por que não Eduardo? Por que não Marina? Não
é a hora de decidirmos isso. Como ficará o PPS amanhã se apoiar o Eduardo
Campos e ele não for mais candidato porque o Lula vai se candidatar? É momento
de reflexão", disse.
Roberto Freire disse que,
como militante, defende o apoio do partido a Eduardo Campos. "Minha
posição é de que nós deveríamos ter um indicativo de apoio ao Eduardo Campos,
sabendo que quem vai decidir isso é a convenção eleitoral no próximo ano",
afirmou. "Como presidente e como militante do partido vou seguir aquilo
que o partido decidir", complementou.
Ele deixou claro que a
definição será mesmo em 2014. "O indicativo não está significando que o
PPS fechou isso, mas que precisa construir uma alternativa e, para isso, foi
autorizada a nova direção partidária", disse Freire. (Do G1)
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