Um dos acusados de
envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá, Raimundo Sales Chaves
Júnior, o Júnior Bolinha, fugiu da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, em
São Luís (onde aguardava julgamento),
sequestrou uma pessoa e foi recapturado na noite de sábado (21). Ele foi
encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas na manhã deste domingo (22).
A delegada geral da Polícia
Civil, Cristina Resende, contou, em entrevista à Rádio Mirante AM, que a
polícia estava monitorando as ações do acusado após descobrir que ele tinha
marcado um encontro com um empresário para cobrar R$ 180.000,00.
"Estávamos monitorando
as condutas dele e das pessoas que o rodeiam. Estava havendo uma ameaça a um
empresário que devia uma quantia em dinheiro a ele por parte do próprio
Bolinha, por parte do advogado e de parentes dele", explicou.
Segundo Resende, Júnior
Bolinha teve a fuga facilitada pelo policial civil José Ribamar da Conceição
Martins, que deveria estar de plantão na delegacia, mas não estava, e pelo
guarda Edinaldo Cruz da Silva, que estava de plantão na unidade e confessou ter
recebido R$ 150,00 para liberar o preso. Os dois foram presos e autuados por
corrupção passiva.
Sem saber que a polícia o
monitorava, Bolinha saiu da delegacia e foi para casa, onde deu uma festa.
"Monitoramos a saída do presídio, ele fazendo festa em sua casa. Depois,
ele saiu de carro. Nós o seguimos. O empresário foi colocado dentro do veículo.
Em um momento em que Bolinha parou o carro, os policiais aproveitaram para
fazer a abordagem, mas ele arrancou", explicou.
Após intensa perseguição,
Júnior Bolinha se rendeu. Ele foi preso, autuado por sequestro e corrupção
ativa e encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo
Penitenciário de Pedrinhas.
"Ele já havia saído. Nós
não detectamos, mas havia notícia. Justamente, por causa disso, estávamos
monitorando a conduta dele e de pessoas que o rodeiam, parentes, advogados.
Quero dizer que a Polícia Civil do Maranhão não compactua com qualquer tipo de
corrupção ou falta disciplinar ou crime que possa ser praticado dentro da
corporação. Nós, imediatamente, tomamos todas as providências de modo a
resguardar que o bom policial tenha o seu nome limpo diante da sociedade. Quando
detectamos essas condutas, imediatamente, tomamos todas as providências
legais", avisou Resende.
Entenda
Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, é um dos 12 acusados de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá. Segundo o inquérito policial, ele teria intermediado a contratação do pistoleiro Jhonathan de Sousa Silva pelos mandantes Gláucio Alencar e seu pai, José Miranda.
Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, é um dos 12 acusados de envolvimento no assassinato do jornalista Décio Sá. Segundo o inquérito policial, ele teria intermediado a contratação do pistoleiro Jhonathan de Sousa Silva pelos mandantes Gláucio Alencar e seu pai, José Miranda.
Décio Sá foi morto com cinco
tiros quando estava em um bar, na Av. Litorânea, em São Luís, por volta das 23h
do dia 23 de abril do ano passado. O jornalista trabalhava na editoria de
política do jornal O Estado do Maranhão e
era responsável pelo Blog do Décio.
Segundo a polícia, Décio foi
morto porque teria publicado em seu blog informações sobre o assassinato do
empresário Fábio Brasil, envolvido em uma trama de pistolagem com os
integrantes de uma quadrilha supostamente encabeçada por Glaucio Alencar e José
Miranda, suspeitos também de praticar agiotagem junto a mais de 40 prefeituras
no Estado. (Do G1MA)
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