JP –
Uma pesquisa feita pela Fundação João Pinheiro (FJP) e o Ministério das Cidades
mostrou que, em 2010, existiam no país 6,94 milhões de habitações com algum
tipo de carência, ou seja, 12,1% dos domicílios. Desse total, os estados de São
Paulo, com 1,495 milhão, Minas Gerais, com 557 mil, e da Bahia, 521 mil,
concentravam o maior número de unidades catalogadas.
Em
comparação com o total de domicílios existentes, os estados da Região Norte,
além do Maranhão, no Nordeste, apresentaram os piores índices: Maranhão (27,3%
de habitações com alguma carência), Amazonas (24,2%), Amapá (22,6%), Pará (22%)
e Roraima (21,7%).
Os
números de São Paulo superaram os demais estados se explica, de acordo com
Adriana Ribeiro, pesquisadora da FJP, pela própria característica populacional
do estado. “São Paulo tem população em número superior às dos demais estados e,
por isso, em termos absolutos, os indicadores são maiores”, disse.
Para
o levantamento, foi considerado como déficit habitacional residências que
apresentavam alguma dessas características: habitações rústicas ou
improvisadas, coabitação familiar (soma de cômodos e famílias conviventes
visando a uma residência exclusiva), gastos com aluguel superiores a 30% da
renda familiar e locais onde havia mais de três pessoas morando no mesmo
dormitório.
A
pesquisa Déficit Habitacional Municipal no Brasil 2010 teve como base o censo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do mesmo ano. Os
dados, de acordo com a presidente da FJP, Marilena Chaves, são importantes para
que o Ministério das Cidades possa traçar estratégias para o setor.
“Com
a apresentação deste novo produto, colaboramos para a formulação de políticas
habitacionais baseadas em dados seguros e confiáveis”. A pesquisa pode ser
acessada no site da FJP, no endereço: (http://www.fjp.gov.br/index.php/indicadores-sociais/deficit-habitacional…).
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