Sobre
a manipulação do esquema sarneísta no jogo político
13 de fevereiro de
2005
Entrevistado pelo
sistema Lunus/Mirante, o senador Sarney, apesar do seu frustrante legado aos
maranhenses, exaltou a grande ajuda que deu ao Estado, anunciou que voltará
para “salvá-lo” e deixou no ar um estranho misto de súplica e arrogância.
Portando-se com sisudez aristocrática, não especificou nem deu pista desse
misterioso benefício, fazendo-se, como sempre, dogmático em suas “verdades”.
Estava ali o senador José Sarney que conhecemos!
Que tenta emplacar
nacionalmente a imagem de estadista, enquanto aqui exerce o mais atrasado e
prejudicial coronelismo. E se a ninguém convenceu quanto ao benefício do seu
retorno às lides eleitorais, pelo menos deixou claro que não mudou nesses 40
anos. Não aprendeu nem esqueceu nada, diria Charles-Maurice de Talleyrand.
Por conta disso, o
senador Sarney, vestindo uma armadura já oxidada pelo tempo, apresenta-se
disposto a antecipar o armagedon em sua destemida defesa do bem na luta contra
o mal. Severo, avisou que vem para “salvar” o Maranhão dos indignos: “gente que
lida com a traição, com a ambição, com a falta de espírito público” – garantiu.
É pena que o
senador Sarney e o seu séqüito não poderão cumprir tão heróica missão, pois,
mantida essa bandeira de luta, teriam de combater a própria trincheira. Uma
espécie de autocorretivo. É que não existe aqui no Maranhão uma só pessoa que
os supere na traição aos compromissos com o povo, na ambição desmedida de
querer governá-lo eternamente, nem capaz de revelar ausência de espírito
público que se possa, nem de longe, comparar à senadora Roseana no seu odioso
boicote ao PCPR.
Só para
desconcertar esses pretensos “salvadores” do nosso povo, vale aqui ressaltar
aquele importante programa do Governo José Reinaldo, destinado a melhorar os
indicadores sociais dos maranhenses, e que foi engavetado pelo estadista José
Sarney, a pedido da filha senadora. O certo é que ambição e espírito público
não cabem num mesmo saco.
Quem acompanha o
noticiário do sistema Lunus/Mirante percebe claramente que o esquema sarneísta
não quer discutir nada sério sobre o Maranhão. Aposta na eficácia do embuste
junto aos setores menos esclarecidos, e estão pouco preocupados com o feio que
fazem ao se deixarem flagrar em tão insuperáveis contradições.
O fato de
condenarmos a empulhação sarneísta, aqui abertamente empregada como ferramenta
de dominação, não visa desdenhar a reconhecida retórica do acadêmico senador,
sempre tão cioso na exaltação da sua imortalidade. O que se quer é inibi-lo de
continuar tratando os maranhenses como se fossem retardados, incapazes de
defender seu patrimônio e sua cidadania.
É indiscutível que
o Maranhão vive um quadro de calamidade social e o senador Sarney, por mais que
queira, não pode negar a sua responsabilidade direta nesse triste resultado.
Serviu-se egoisticamente do Maranhão, reduzindo-o aos piores índices de pobreza
e miséria. Portanto, a questão não é tão simples como ele tenta minimizar.
Trata-se de algo muito mais sério e que diz respeito a quatro milhões de
maranhenses que sofrem relegados à indigência, o que faz do boicote roseanista
ao Estado uma obscenidade sem igual. Conduta incogitável para quem tem um
mínimo de caridade.
Quando as forças
de oposição se unem para interromper esse desastroso mando, estão indo ao
encontro da população em seu justo sentimento de que é preciso libertar o
Maranhão desse jugo descabido e prejudicial. Vai dar certo sim! Teremos aqui
uma grande mobilização contra a fome e contra a farsa.
Informações e vídeos ao Blog Bacabeira em
Foco podem ser enviados por email: bacabeiraemfoco@hotmail.com ou
pelo WhatSapp (98) 9965-0206
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