De O Estado
O ex-prefeito de Santa Rita Hilton Gonçalo, pré-candidato do PDT
ao Governo do Estado, reafirmou ontem, em evento do qual também participou o
presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), que segue tentando viabilizar o
projeto de entrar na disputa pela sucessão da governadora Roseana Sarney
(PMDB).
Os dois estiveram no encontro intitulado Ação Mulher Trabalhista
do Maranhão, organizado por vereadoras, lideranças comunitárias e pastorais da
Mulher do PDT, num hotel em São Luís. Dino chegou a discursar, mas saiu em
seguida – alegando compromissos no interior do estado -, antes de Gonçalo
voltar a se declarar pré-candidato.
Segundo o ex-prefeito, o PDT “tem uma história de disputas
majoritárias” e por isso o autorizou a viabilizar-se candidato. Além disso,
Gonçalo diz acreditar estar credenciado a entrar na disputa pelo seu histórico
como administrador público.
“O PDT tem uma história de disputas majoritárias. É o partido que
tem a maior militância no estado, com mais de 53 mil filiados e temos
propostas. Fui prefeito de Santa Rita por dois mandatos e saí com uma aprovação
boa. Então, acho que temos os pré-requisitos para colocar o projeto do PDT de
lançar candidatura própria no próximo ano”, declarou.
Pressão – A autorização do PDT à pré-candidatura de Hilton
Gonçalo veio depois de a direção partidária aguardar mais de um ano por um
posicionamento oficial do PCdoB sobre um acordo firmado em 2012.
Pelo acerto, os comunistas indicariam Flávio Dino como candidato a
governador e os pedetistas um nome para compor a chapa, como candidato a vice.
Ainda pelo que foi definido quando das eleições municipais, ao PSB caberia a
indicação do candidato a senador. Praticamente todos os partidos oposicionistas
já confirmaram o acordo. O PCdoB nunca se pronunciou sobre o assunto.
Mesmo assim, Gonçalo diz que seu projeto de candidatura não se
trata de pressão aos aliados. De acordo com o ex-prefeito, ainda há a
possibilidade de o PDT integrar uma colaizção oposicionista. “Mas, no momento,
achamos que temos força para lançar a candidatura própria”, disse.
“O PDT hoje tem uma chapa proporcional muito superior a outras
épocas. Nós temos de dez a 12 nomes muito bons para a disputa proporcional”,
afirmou.
Gonçalo também não acredita que esteja sendo usado pelos líderes
da legenda para forçar os comunistas a garantir a vaga de vice ao PDT. “Não
percebo isso. Nas nossas reuniões internas não discutimos nesses termos. Se eu
observasse isso, não estaria pleiteando”, completou.
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