Nos dias
17, 18 e 19, educadores do Maranhão vão ocupar as ruas para cobrar a
valorização da carreira docente e mais investimentos para a educação pública de
qualidade. Os três dias de paralisação têm o objetivo de chama atenção dos
gestores públicos e fazem parte da Greve Geral, que é promovida pela
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), entidade à qual o SINPROESEMMA é
filiado.
Segundo o presidente do SINPROESEMMA, Júlio Pinheiro, a entidade está se
organizando, por meio dos dirigentes sindicais, em mais de cem municípios, com
o objetivo de mobilizar todos os trabalhadores a promoverem atividades de ruas
nos municípios. “Contamos com a participação de cada educador para reforçar a
luta pela educação pública. Também convidamos a sociedade — pais e alunos,
especialmente – para somar nesses três dias de batalha pelo
ensino público de qualidade no Brasil”, ressalta.
Baixe e reproduza o panfleto de
convocação da greve. Clique abaixo
Entre os pontos abordados na greve
geral, está o rechaçamento da proposta de governadores que pretende, por meio
de um Projeto de Lei, utilizar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) para atualização do Piso Nacional do Magistério. Os
dirigentes denunciam que a medida vai ferir um dos principais objetivos da Lei,
que é a valorização do professor, equiparando-o, ao longo dos anos, com
profissões que exigem o mesmo grau de escolaridade.
Se aplicada a nova fórmula, os
salários seriam corrigidos com percentuais próximos da inflação, o que deixaria
os trabalhadores com a remuneração defasada e não com acréscimos reais ao longo
do tempo, como propõe a Lei do Piso quando estabeleceu o custo aluno/ano para
recompor os salários dos trabalhadores.
Além disso, os
educadores vão cobrar o cumprimento integral da jornada de trabalho, como prevê
a lei do piso, que destina um terço da carga horária ao planejamento escolar.
O secretário de Comunicação do SINPROESEMMA, Júlio Guterres, responsabiliza os gestores
públicos pelos três dias de paralisação. Para o dirigente, é necessário cumprir
o que está escrito na lei para garantir avanços na educação. “É lamentável que
os trabalhadores precisem ir às ruas para reivindicar a aplicação de uma
lei. Os gestores públicos deveriam respeitar a educação, pagando o que é de
direito dos trabalhadores e instituindo a jornada de planejamento nas escolas”,
cobra.
Agenda
Em São Luís, capital do
estado, o SINPROESEMMA fará,
na segunda-feira (17), a partir das 8h, um grande ato público na Praça Deodoro,
seguindo de caminhada pela Rua Grande. Já na terça-feira (18), será a vez de
debates sobre os rumos da educação pública no Maranhão. O evento ocorrerá, a
partir das 9h, na Associação Comercial do Maranhão, localizada na Praça Benedito
Leite, no Centro de São Luís.
Para cumprir as
exigências da legislação e evitar eventual perseguição de gestores e diretores
de escola aos grevistas, a direção SINPROESEMMA comunicou,
formalmente, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e também secretaria
municipais sobre a paralisação.
http://www.luiscardoso.com.br/maranhao/2014/03/portal-topc-teve-mais-de-7-mil-acessos-nesta-quarta/
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