A
governadora Roseana Sarney (PMDB) disse ontem (19) ainda não haver decidido se
sai, ou não, do cargo para disputar em outubro deste ano a vaga no Senado a ser
aberta com o fim do mandato do senador Epitácio Cafeteira (PTB).
Mas pelo menos três sinais fazem crer que a decisão
está, sim, tomada e que ela é pela renúncia.
Sinal 1: “Eu vou definir
no começo de março”, disse a peemedebista. Roseana tem até o dia 5 de abril
para renunciar sem se tornar inelegível. Se a decisão ocorrerá no início de
março, é sinal de que deixará o cargo e, ainda, tentará criar as condições para
que Luis Fernando (PMDB), secretário de Infraestrutura, seja eleito pela via
indireta.
Isso porque, saindo no começo do próximo mês, Roseana
permite ao presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB), assumir o
Governo por 30 dias, convocar a eleição, e depois retornar ao seu posto no
Legislativo sem estar inelegível.
Sinal 2: A
governadora tentou minimizar o fato, mas confirmou que já expediu a todos os
secretários uma recomendação para que emitam cartas nas quais deixam os cargos
à disposição – no caso dos secretários candidatos, a intenção é que façam em no
máximo uma semana.
Esse movimento sugere que Roseana já “prepara o
terreno” para que o seu sucessor tenha liberdade para montar a equipe que
conduzirá o Executivo nos nove meses restantes do ano.
Sinal 3: Perguntada
sobre a eleição indireta, Roseana falou abertamente sobre o assunto, com se já
fosse – porque o é – fato consumado que haverá a escolha de um novo governador
pelo Legislativo.
“Eu acredito que eles [deputados] vão se acertar por
lá, como se acertaram na questão da emenda [ao projeto de lei que trata da
eleição indireta] que eles colocaram. Se houver necessidade eu estarei
mediando esse acordo”, disse.
(Blog
Gilberto Léda)
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