A
paralisação da refinaria Premium I da Petrobras, em Bacabeira e Rosário, ainda
rende nos principais meios de comunicação do estado, do Brasil e
principalmente, da região.
Na
sessão de ontem (11) na câmara de vereadores de Rosário, a refinaria também foi
assunto entre a maioria dos vereadores daquele poder, que expressaram sua
indignação em relação à paralisação da Premium I da Petrobrás. Para os
vereadores isso não passa de mais um elefante branco, promovido pelo governo
estadual, sob o comando da oligarquia Sarney que oprime o povo maranhense há
mais de 50 anos.
O
vereador Magno Nazar (PRP) lamentou a paralisação da refinaria, e dia que o
povo fica desamparado, sem respostas e a mercê da criminalidade que impera na
região, deixado pela divulgação eleitoreira do governo estadual sobre a refinaria.
O parlamentar ainda interrogou dizendo: “Será
que Rosário não terá sorte com esse governo? Fizeram uma fábrica de fachada que
foi um caos; Tem gente devendo o que não deve no banco do nordeste; Vem a
refinaria Premium, se faz a maior média que se pode imaginar, e deixa o
desastre na cidade. Eu não quero imaginar, senhores! Eu não quero imaginar”!
Exclamou Magno!
O
líder do governo rosariense na câmara, vereador Pedrosa Necó (PSB), também
ressaltou a degradação ambiental causada pela construção da refinaria, que trouxe
grandes prejuízos ao povo da região, causando incalculável desequilíbrio
ambiental. Necó lembrou, ainda, que já havia antecipado a paralisação da Premium
I, no ano de 2011, em discurso na tribuna da câmara naquele ano. O líder do
governo lamenta a falta de respeito do governo pelos rosarienses, e ainda
classificou a obra de engodo. Porém, espera que a obra ainda aconteça, mas ressalta
que é preciso o parlamento local fazer pressão ao governo para garantir a
conclusão da obra.
O
também vereador Luis Carlos, o Kiko (PP) defendeu uma proposta idealizada por
ele e o presidente da câmara, vereador Léo Cavalcante (PTB), em buscar união
dos parlamentos das cidades da região, a visitarem em Brasília o ministro de
minas e energia, Edson Lobão (PMDB), em busca de respostas concretas sobre o
futuro da refinaria no Maranhão. Para ele, a melhor maneira de saber a
realidade e acabar com as dúvidas existentes.
O
vereador Francimar, o Preto (PP), lembrou que não são apenas dois elefantes
brancos, mas três. Francimar relembrou da OAS, empresa baiana instalada na
região, também através do governo para fazer a transposição do rio itapecuru, que
também foi fechada. Preto disse, que quando os vereadores visitaram o senador
José Sarney (PMDB-AP), em São Luis, ele (Sarney) já sabia que a obra iria
parar. “depois não venham pra cá pedir
votos para o candidato do governo. Roseana tem um grande debito com o povo de
Rosário. Tá na hora de dar um basta nisso”! Disse.
Vereador
Agenor Brandão (PV) acrescentando o discurso dos demais vereadores, disse que o
canteiro industrial entre Rosário e Bacabeira não tem sorte. Além dos três
elefantes brancos já citados anteriormente pelos parlamentares que o antecedeu,
existe mais um que esqueceram de relatar. Além da OAS, Rosa Coop e refinaria,
tem também, a fabrica de babaçu dos alemães, que levou do município de Rosário
R$ 18 milhões. Brandão lembrou ainda, da retirada dos moradores da comunidade
salva-terra, uma comunidade antiga na cidade, onde os mesmos não têm mais
terras para produzirem suas lavouras. O vereador acrescentou ainda, que na
cidade só restaram as mazelas, a prostituição, a violência e a falta de
respeito para com o povo.
Logo
no início de seu pronunciamento, o vereador Jardson Frazão (PP), classificou de
cara a construção da Premium I de engodo, que significa (engano, lábia,
interesse, encanto...). Jardson disse está profundamente preocupado com o
futuro do empreendimento, mas que ainda lhe resta um pouco de esperança na sua
conclusão e funcionamento. Ele disse ainda que a cidade de Rosário nos últimos
dias tem virado página de notícias em jornais impressos, telejornais e blogs de
rede estadual e nacional, e isso tem afetado de certa forma, à todos. O
vereador popular progressista apoia a iniciativa dos vereadores de irem até
Brasília cobrar respostas do ministro de Minas e Energia, Edson Lobão para que
eles possam repassar a informação aos habitantes rosarienses, e assim os
deixarem a par do assunto. Jardson, assim como muitos políticos do estado,
acredita que caso a refinaria realmente siga com sua obra, o prazo mínimo para
sua entrega é de 10 anos, menos do que isso não tem a menor condição de
conclusão.
Existem
duas refinarias em andamento no Brasil, a de Pernambuco e a do Rio de Janeiro,
e ambas iniciaram suas obras muitos anos antes do que a Premium I, no Maranhão.
Portanto, o prazo mínimo, segundo o vereador é de 10 anos.
O
presidente da casa, vereador Léo Cavalcante (PTB), garantiu aos nobres edis,
que fará o possível para contactar outras câmara da região para marcarem o
encontro com o ministro Lobão em Brasília, em busca de respostas e resoluções
contundentes que ajudem na continuidade da obra.
A sessão
de ontem em Rosário, provavelmente virará notícia no jornal pequeno de São
Luis, pois jornalista Osvaldo Viviany, que trabalha no jornal acompanhou toda a
sessão e os discursos dos parlamentares rosarienses.
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