O Maranhão, segundo estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), é o último estado do país na relação entre o número de
policiais e o de habitantes. Para reduzir essa diferença, foi aberto no ano
passado um concurso público para a contratação de 2.000 policiais. Mas o
concurso, que teve mais de 76 mil inscritos, está parado por causa de 300
mandados de segurança e liminares contra os resultados das primeiras etapas.
“Um grupo muito grande de pessoas está
conseguindo obter o direito de fazer o teste de aptidão física, ainda que não
tenha alcançado a nota de corte para cada cidade, a qual foi feita a inscrição
do concurso. A gente precisa encerrar essa etapa do teste de aptidão física,
pra poder continuar no concurso. Então, na prática, entendo que ele está
inviabilizado até que se compreenda de uma forma mais ampla o que está
acontecendo com esses mandados”, explicou o secretário de Administração, Gestão
e Previdência do Maranhão, Fábio Gondim, pasta responsável pelo concurso.
O concurso para a polícia leva muito mais
tempo do que qualquer outro, isso porque passadas as fases de teste, os
admitidos ficam cerca de seis meses em formação na Academia Militar. O
processo, que já é demorado, pode ser ainda mais estendido e prejudicar a
Segurança pública do Maranhão.
De acordo com o secretário de Segurança
Pública, Aluísio Mendes, enquanto o concurso não avança, a saída é criar
recursos onde o policial não está. “O sistema de videomonitoramento tem
auxiliado muito a polícia nessa ausência do policial e outras alternativas que
são factíveis de serem usadas. Mas isso, tem limite; têm momentos em que o
material humano é fundamental e o estado do Maranhão chegou, justamente, nesse
momento; onde você não tem mais como substituir o policial por tecnologia”,
justificou.
A Secretaria de Administração aguarda o
julgamento de todas as liminares e mandados de segurança para iniciar a próxima
etapa do concurso, que é a realização do curso de formação.
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