Por Calvet Filho
Quero
trazer à memória aquilo que me traz esperança. Com muita nostalgia que lembro
dos dias que íamos à praça pedalar, jogar bola, empinar pipa, bater papo,
paquerar, das noites que varávamos a madrugada jogando xadrez regados a
hambúrguer, que na maioria das vezes comprávamos fiado na barraca da saudosa dona
Eliene, das conversas até às "tantas" nas portas das casas, sem medo
da violência e criminalidade.
Naqueles dias a pureza e
inocência, além, é claro, do respeito e consideração, falavam mais alto
que o ódio, inveja, rancor, vícios e muitas outras coisas fúteis que nos cercam
na atualidade. Isso me preocupa. A geração de nossos filhos já não podem
desfrutar das inocentes brincadeiras tradicionais que um dia fizemos parte e
aprendemos a valorizar o que tínhamos e erámos felizes. Hoje vemos nossas
crianças se divertindo com celulares, tablets, ipod, ipad... onde nem sequer
foram apresentados a elas brincadeiras como, por exemplo, bola de gude, roda,
pião, fura lata... Queremos formar jovens conscientes sem ao menos ensinar os
valores que aprendemos. Delegamos a função de educar somente à escola e aos
professores, esquecendo que a primeira educação vem da família.
Transformamos nossas crianças em adultos que não sentiram o
mais doce e suave sabor da pureza de ser criança, e vivemos procurando culpados
e porquês de tanta violência, de tanta falta de amor. Até Deus não pode mais
entrar nos lares, escolas, hospitais, faculdades, reuniões, assembléias,
câmaras, em detrimento de uma falsa justificativa de vivermos em um estado
laico, esquecendo o democrático, onde não se pode privilegiar determinado
grupo, o que acaba sendo contraditório, na medida que impõe e proíbe direitos
garantidos pelo CF de se ter liberdade de pensamento, religião, expressão,
direito à vida.
Esquecemos que as autoridades são compostas por pessoas que
saíram do nosso meio, do seio da sociedade, esquecemos também que os políticos
somos nós quem escolhemos e que fazendo a escolha errada, eles passarão quatro
anos nos representando, ou, fazendo de conta. No final de tudo, percebemos que
somos os maiores culpados quando aceitamos a omissão do estado, município e o
pior a nossa própria. Continuarei divagando, mas sem perder a esperança, na
saudade dos velhos tempos e dos belos dias.
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