BRASÍLIA – Os beneficiários do
Bolsa-Família que não atualizaram suas informações no Cadastro Único (CadÚnico)
nos últimos dois anos devem procurar, até 17 de janeiro do ano que vem, a
gestão municipal do programa para fazer alterações ou confirmar os dados. O
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), que coordena o
programa, estima que 1,8 milhão de famílias estão nessa condição. Após o prazo,
o benefício pode ser bloqueado.
Segundo o secretário Nacional de Renda de
Cidadania do MDS, Luís Henrique Paiva, manter os dados atualizados é a melhor
maneira de acessar os cerca de 20 programas sociais das três esferas de governo
que usam o Cadastro Único, e continuar recebendo o Bolsa-Família. Ele enfatizou
que mesmo que não haja alterações a serem feitas, as famílias devem procurar a
rede assistencial do município.
"É fundamental que as famílias
procurem a rede, que pode ser o Cras (Centro de Referência de Assistência
Social) ou a área da prefeitura responsável pela assistência social, para
atualizar as informações. O Cadastro Único é a peça chave do Brasil Sem Miséria
[plano do qual o Bolsa-Família faz parte] e se quisermos superar a extrema
pobreza temos que ter os dados sempre atualizados", disse Paiva, ao
participar nesta segunda-feira (19) de teleconferência do MDS.
Ele citou, entre os programas sociais que
usam as informações do CadÚnico, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec) e a Tarifa Social de Energia Elétrica.
O secretário, também, ressaltou que,
embora o governo tenha alertado as famílias sobre a necessidade de procurar o
órgão local responsável pelo programa, por meio de mensagens nos extratos de
recebimento do benefício, no mês de julho, e de correspondências, os gestores
municipais devem fazer uma busca ativa para garantir que os dados estejam
corretos. Paiva lembrou que a pasta disponibiliza a esses profissionais, por
meio do Sistema de Gestão do Programa Bolsa-Família, informações sobre os
beneficiários cujos dados estão desatualizados, para direcionar os esforços.
Ainda de acordo com o secretário Luís
Henrique Paiva, o governo está preparando uma campanha nacional, que deverá ser
veiculada nos próximos meses, principalmente nas rádios, para alertar as
famílias sobre a necessidade da revisão cadastral. Ele destacou que 13,8
milhões de famílias brasileiras recebem os recursos do Bolsa-Família.
De acordo com o MDS, as informações a
serem atualizadas são: endereço, renda, composição familiar e sobre as escolas
das crianças e adolescentes. A partir deste ano, os gestores municipais também
registrarão, caso o responsável familiar possua, o número do telefone celular.
A medida, anunciada há um mês, visa a permitir o contato direto e rápido com as
famílias, caso seja necessário.
(Do Imirante.com)
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