A polícia que investiga o
esquema de agiotagem no Maranhão chega cada vez mais à conclusão da
participação de juízes, advogados, policiais, prefeitos e deputados no caso.
Pelos depoimentos tomados durante a investigação sobre o
assassinato do jornalista Décio Sá, os delegados ouviram a citação dos nomes de
juízes, de um deputado estadual, dois policiais, prefeitos e advogados.
Embora citados por testemunhas e em depoimentos dos acusados de
participação no crime de que foi vítima o jornalista, a polícia não pediu
oficialmente a quebra de sigilo do delegado da PF, Pedro Meireles e nem do
deputado Raimundo Cutrim, assim como o do juiz Sidarta, apontado diversas vezes
como envolvido no esquema da agiotagem. Cutrim não foi citado como participante
da morte de Décio Sá.
A polícia que investigou o caso do jornalista, assim como a que
investiga a agiotagem, sabe perfeitamente quem são os deputados citados e os
envolvidos direta e indiretamente no esquema do ganho fácil com dinheiro
emprestado. Só na Assembleia Legislativa eles são quatro.
Mas os delegados preferiram, nesta primeira fase, focar nos
prefeitos e ex-prefeitos, deixando de lado empresários na participação da
agiotagem ou até de investigar mais a fundo o provável envolvimento de
empresários no assassinato de Décio Sá.
A agiotagem tem tentáculos que até Deus duvida. Nos meios
militares, por exemplo existem oficiais atuando no ramo, inclusive alguns com
ligações com pessoas do poder Judiciário.
No meio empresarial estão donos de lojas e até de
concessionárias de veículos. Alguns, a exemplo de deputados, criaram
factoring para legalizar o negócio ilegal.
A sociedade espera que a polícia não divulgue apenas os gestores
ou ex-gestores públicos envolvidos na agiotagem, mas outros que dela se
beneficiam
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