Agência Câmara
O presidente da
Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que vai continuar exercendo a presidência da
Casa mesmo após ter sido denunciado ontem no Supremo Tribunal Federal pelo
Ministério Público por suposto envolvimento no esquema de corrupção na
Petrobras investigado pela Operação Lava Jato. Cunha participou de evento
promovido pela Força Sindical em São Paulo nesta sexta-feira e disse que
pretende manter o mesmo ritmo de trabalho que impôs desde que foi eleito.
"Eu tenho mandato,
pelo qual eu fui eleito, e vou continuar exercendo até o último dia. Isso (a
denúncia) independe. A Câmara tem as suas decisões pela sua maioria de todas as
pautas. O presidente não é dono da Câmara, e sequer consegue ser dono da
pauta”, afirmou.
Sobre os detalhes da
denúncia apresentada ontem pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
Cunha afirmou que quem responde é seu advogado Antônio Fernandes de Souza.
PMDB
X PT
Questionado por jornalistas se irá buscar apoio em seu partido, o presidente
voltou a afirmar que vai continuar exercendo o seu papel: "Não tenho
que buscar apoio de quem quer que seja para absolutamente nada. Simplesmente
vou continuar exercendo o meu papel. Apoio do PMDB eu tenho que buscar para
minhas teses políticas, nos fóruns apropriados. O que está acontecendo é
simplesmente um processo jurídico, e vai ser respondido juridicamente”, disse.
Eduardo Cunha, no entanto,
defendeu o rompimento da aliança de seu partido, o PMDB, com o
PT: "Com relação ao problema do PT e do PMDB, eu defendo que o PMDB
saia dessa aliança, o que tem que ser debatido no fórum apropriado. O PMDB já
convocou um congresso para daqui a dois meses para discutir o assunto. Agora,
fora do fórum apropriado só posso dizer que sou contra continuar essa aliança e
que vou pregar o fim dela”, afirmou o presidente.
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