quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Carga relacionada à morte de fiscal da Sefaz é apreendida em São Luís



A Polícia Civil através da Delegacia de Homicídios, acompanhada de fiscais da Receita Estadual, localizaram na tarde desta quarta-feira (26), no depósito Pinheiro Comércio e Alimentos Ltda, situado no bairro da Cidade Operária, em São Luís, a carga de 39 toneladas de arroz que tinha desaparecido do caminhão que estava sendo monitorada pelo fiscal da Secretaria da Fazenda, José Gomes Saraiva, antes de ele ser assassinado no último dia 20 de novembro deste ano.



O material apreendido que está avaliado em 76 mil reais estava vindo da região de Santa Catarina. De acordo com o delegado Guilherme Sousa Filho, da Delegacia de Homicídios, esta carga foi a principal causa da morte de Saraiva. Ele afirma que a equipe policial e os auditores fiscais só conseguiram chegar à localização exata do produto, após o depoimento de Alexandro Rodrigues de Matos, que sendo sócio de Jacque Douglas Vieira Matos, apontado como o suposto autor da morte do Saraiva, revelou que Jack, também conhecido como “Baiano”, havia matado o fiscal e que precisava de um local para guardar todo o produto.

“Resumindo o que ele falou no depoimento prestado na Delegacia de Homicídios ele disse o seguinte: “que o Douglas ligou pra ele avisando que havia assassinado o Saraiva e que precisava de um local pra colocar a carga”. Ele providenciou dois caminhões e providenciou todo o transporte da carga para cá. Nós ainda estamos investigando, trabalhando no sentido de saber qual a participação dele no homicídio que vitimou o Saraiva”, explica.

Além do homicídio, a polícia também está investigando o crime tributário. Conforme o investigador Guilherme Sousa, o depósito está sendo considerada uma empresa fantasma, pois não recolhia os impostos que eram cobrados, e por isto mesmo é que houve a necessidade de apreender a mercadoria em questão. “A polícia está investigando o homicídio do Saraiva, o crime de sonegação fiscal, crime contra o fisco, e estão investigando uma associação criminosa existente nesse ramo comercial e tudo isso vai ser apurado dentro do inquérito policial”, revela o delegado.

Sobre a participação do Alexandro no caso, o delegado garante que por enquanto ele não poderá ser preso, pois não há nenhum mandado de prisão contra ele. No entanto, ele não descarta a possibilidade de uma prisão caso seja comprovada a participação dele na morte do fiscal da Secretaria da Fazenda. “O Alexandro não sai preso porque não está em estágio de flagrância e nem também existe ordem judicial para prendê-lo. Mas nós não descartamos a prisão não só dele, mais também de todas as pessoas que estejam envolvidas nessa trama criminosa”, conta.

Já a situação do suposto assassino de Saraiva, Jacque Douglas, o delegado revela que já foram iniciadas as buscas para prendê-lo o mais breve possível. “Ele tem um mandado de prisão temporária expedida pelo plantão do Tribunal de Justiça, e encontra-se foragido em local não sabido. Temos informes que ele não se encontra mais no estado do Maranhão. Mas nós estamos trabalhando com o nosso serviço de inteligência, e com o apoio de outras instituições policiais no sentido de prender este indivíduo o mais rápido possível e colocá-lo a disposição da justiça criminal”.

Para o investigador, o caso foi elucidado. Agora, ele irá começar a identificar outras pessoas que estiveram envolvidas direta ou indiretamente na participação dos crimes citados. “O caso foi elucidado. Nós estamos trabalhando e temos dois principais: um preso e um foragido, e estamos tentando alcançar o máximo de pessoas que tiveram direta ou indiretamente participação nesses crimes”, finaliza. (G1MA)


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