A Polícia
Civil através da Delegacia de Homicídios, acompanhada de fiscais da Receita
Estadual, localizaram na tarde desta quarta-feira (26), no depósito Pinheiro
Comércio e Alimentos Ltda, situado no bairro da Cidade Operária, em São Luís, a carga de 39 toneladas de arroz que
tinha desaparecido do caminhão que estava sendo monitorada pelo fiscal da
Secretaria da Fazenda, José Gomes Saraiva, antes de ele ser assassinado no
último dia 20 de novembro deste ano.
O material
apreendido que está avaliado em 76 mil reais estava vindo da região de Santa
Catarina. De acordo com o delegado Guilherme Sousa Filho, da Delegacia de
Homicídios, esta carga foi a principal causa da morte de Saraiva. Ele afirma
que a equipe policial e os auditores fiscais só conseguiram chegar à
localização exata do produto, após o depoimento de Alexandro Rodrigues de
Matos, que sendo sócio de Jacque Douglas Vieira Matos, apontado como o suposto
autor da morte do Saraiva, revelou que Jack, também conhecido como “Baiano”,
havia matado o fiscal e que precisava de um local para guardar todo o produto.
“Resumindo
o que ele falou no depoimento prestado na Delegacia de Homicídios ele disse o
seguinte: “que o Douglas ligou pra ele avisando que havia assassinado o Saraiva
e que precisava de um local pra colocar a carga”. Ele providenciou dois
caminhões e providenciou todo o transporte da carga para cá. Nós ainda estamos
investigando, trabalhando no sentido de saber qual a participação dele no
homicídio que vitimou o Saraiva”, explica.
Além do
homicídio, a polícia também está investigando o crime tributário. Conforme o
investigador Guilherme Sousa, o depósito está sendo considerada uma empresa
fantasma, pois não recolhia os impostos que eram cobrados, e por isto mesmo é
que houve a necessidade de apreender a mercadoria em questão. “A polícia está
investigando o homicídio do Saraiva, o crime de sonegação fiscal, crime contra
o fisco, e estão investigando uma associação criminosa existente nesse ramo
comercial e tudo isso vai ser apurado dentro do inquérito policial”, revela o
delegado.
Sobre a
participação do Alexandro no caso, o delegado garante que por enquanto ele não
poderá ser preso, pois não há nenhum mandado de prisão contra ele. No entanto,
ele não descarta a possibilidade de uma prisão caso seja comprovada a
participação dele na morte do fiscal da Secretaria da Fazenda. “O Alexandro não
sai preso porque não está em estágio de flagrância e nem também existe ordem
judicial para prendê-lo. Mas nós não descartamos a prisão não só dele, mais
também de todas as pessoas que estejam envolvidas nessa trama criminosa”,
conta.
Já a
situação do suposto assassino de Saraiva, Jacque Douglas, o delegado revela que
já foram iniciadas as buscas para prendê-lo o mais breve possível. “Ele tem um
mandado de prisão temporária expedida pelo plantão do Tribunal de Justiça, e
encontra-se foragido em local não sabido. Temos informes que ele não se
encontra mais no estado do Maranhão. Mas nós estamos trabalhando com o nosso
serviço de inteligência, e com o apoio de outras instituições policiais no
sentido de prender este indivíduo o mais rápido possível e colocá-lo a
disposição da justiça criminal”.
Para o
investigador, o caso foi elucidado. Agora, ele irá começar a identificar outras
pessoas que estiveram envolvidas direta ou indiretamente na participação dos
crimes citados. “O caso foi elucidado. Nós estamos trabalhando e temos dois
principais: um preso e um foragido, e estamos tentando alcançar o máximo de
pessoas que tiveram direta ou indiretamente participação nesses crimes”,
finaliza. (G1MA)
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