Coordenador
da equipe de transição designada por Flávio Dino diz que não teve acesso aos
documentos solicitados e seguem sem informações concretas
Ao
fazer um balanço sobre o período de transição, Marcelo Tavares, coordenador da
Equipe de Transição do governador eleito Flávio Dino, avaliou que o processo
praticamente inexistiu, já que a equipe do próximo governo teve acesso apenas a
informações incompletas, truncadas e insuficientes. Para Marcelo, a aparente
disponibilidade do governo que se finda não representou nada de concreto. “O
processo de transição foi precário e insuficiente. Fomos recebidos para fotos,
mas não recebemos informações concretas”, explicou Tavares.
O
coordenador da equipe de transição designada por Flávio Dino voltou a explicar
que o ritmo de recebimento de informações requeridas junto ao atual governo foi
inadequado: das 32 solicitações com pedidos de detalhamento da estrutura e do
orçamento de cada órgão, apenas 09 foram respondidas – muito menos da metade.
“O que eles disponibilizaram foram apernas as informações mais óbvias. As que
já são realmente públicas e constam nos diários oficiais e na internet. Já os
contratos de pagamentos, por exemplo, nós nunca recebemos”, afirmou.
A
folha de pagamento do Estado, a execução orçamentária atual, informações sobre
contratos, convênios, precatórios, demonstrativo de obras e as ações
prioritárias de cada pasta não foram repassados à equipe do próximo governo.
Além disso, segundo Tavares, muitos dos contratos que são de conhecimento
público são onerosos e inviabilizam o funcionamento da máquina pública.
“Essa
administração tem algumas situações que precisam ser vencidas imediatamente.
Existem muitos contratos que vampirizam a máquina pública e nós não tivemos
acesso detalhado a eles. Para se ter uma ideia, alguns contratos chegam a
representar metade do orçamento de uma pasta”, disse fazendo menção aos
contratos da área da saúde e administração penitenciária.
Falando da necessidade de expor à população os excessos
administrativos do governo que se finda, Marcelo Tavares garantiu que haverá
uma coletiva ainda em janeiro de 2015 para mostrar detalhadamente como foi
aplicado o dinheiro público até dezembro de 2014. Um dos casos citados por ele
diz respeito à compra do Hotel São Francisco. “A Seduc comprou um hotel
completamente sucateado por R$ 25 milhões. Vamos mostrar à população de forma
detalhada. Faremos um esclarecimento para que a população avalie o que foi
feito com o dinheiro público no Estado”.
Dívidas,
contratos e empréstimos
“Tem muita coisa estranha nesse governo”, disse Tavares
ao explicar que a gestão que se finda pode não deixar dinheiro em caixa e que
existem muitas dívidas a serem quitadas. Ele lembrou que há três anos o governo
Roseana Sarney não paga os precatórios (dívida que só este ano soma quase R$
300 milhões) e que a primeira parcela do empréstimo do BNDES de quase R$ 7
bilhões chegará em fevereiro de 2015.
“Precisamos
olhar para atrás até para não comprometer os atos de gestão, mas isso não pode
comprometer o compromisso que temos com o presente e com o futuro”, afirmou
Tavares, ao explicar que se houver contratos suspeitos ou irregularidades, eles
serão encaminhados para investigação.
Informações e vídeos podem ser
enviados ao Blog Bacabeira em Foco através do email: bacabeiraemfoco@hotmail.com ou pelo
WhatSapp (98) 9-9965-0206
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