A chapa de deputados federais do
Partido Verde (PV) pode ser esvaziada caso Tribunal Regional Eleitoral e o
Tribunal Superior Eleitoral não reconheçam adesão da legenda à Coligação
"Pra Frente Maranhão 1". A ação partiu de uma representação do
candidato a deputado federal Márcio Jardim (PT), que é um dos opositores
ferrenhos aos integrantes do Partido Verde no Maranhão.
Márcio
Jardim já havia pedido na Justiça o não reconhecimento da participação do PV na
coligação. A Justiça Eleitoral indeferiu o pedido e o petista recorreu ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), argumentando que a coligação fora conduzida
de forma arbitrária, a partir de uma mudança de ata feita logo após do prazo
estipulado. O TSE determinou que o TRE julgue agora o mérito da ação, ou seja,
julgar primeiro a mudança de ata, para posteriormente analisar a questão da coligação.
O
candidato a deputado estadual Adriano Sarney (PV) garante estar bastante
tranquilo. "Está tudo em ordem, estamos bastante tranquilos quanto ao
julgamento do mérito. Temos certeza que iremos ganhar", ressaltou.
Adriano
Sarney também destacou que o processo não contém argumentos sólidos para ser
julgado procedente. "Os argumentos não convencem. Nós fizemos a coligação
dentro da legalidade e não há o que questionar. Temos provas escritas e
filmagens que comprovam tudo", disse.
O
candidato a deputado estadual classificou a tentativa de derrubada da coligação
como um ato político. "Existe uma desavença política, mas não existem
argumentos suficientes para comprovarem as acusações. Por isso continuamos
tranquilos em relação às questões", garantiu.
Apesar
da tranquilidade do candidato filho do presidente do Partido Verde no Maranhão,
o deputado federal Sarney Filho, candidato à reeleição, alguns membros
encontram-se descontentes com a possibilidade de dissolução da participação do
partido na chapa.
Um
desses exemplos é o deputado estadual Victor Mendes (PV), que esse ano decidiu
concorrer ao cargo de deputado federal. No chapão oposicionista, o
ex-secretário do Meio Ambiente tem chances de ser eleito, caso o PV fique
sozinho, suas chances são quase nulas. Diante desta situação, o parlamentar
pode até pensar na possibilidade de renunciar sua candidatura. No
entanto, Victor disse que se manterá na disputa. "Não tenho outra opção,
sei que a decisão da permanência do PV no chapão ou não, só sai depois da
eleição, por isso tenho que ir para disputa e esperar os acontecimentos",
disse.
A
chance de eleição três candidatos a deputados federais registrados pelo PV
diminui em razão da redução do número de parlamentares eleitos pela legenda.
Uma possível saída do PV do "chapão" (PMDB / DEM / PTB /PV / PRB /
PR) implicaria em novos cálculos eleitorais que desagradariam a todos os
candidatos, podendo representar até mesmo um fracasso no pleito. Isso também
ocorreria na disputa para deputado. (O
Imparcial)
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