Vereadores Magno Nazar e Brandão |
O
advogado Mozart Baldez, que faz a defesa dos vereadores Agenor Brandão (PV) e
Mágno Nazar (PRP) conseguiu mais uma vitória na justiça eleitoral, na luta pela
nulidade do processo que pede a cassação do mandato eletivo dos dois parlamentares
rosarienses.
De
acordo com o procedimento adotado pela defesa no dia 30 de janeiro deste ano e,
diante do exposto na petição enviada à Juíza eleitoral da comarca de Rosário,
culminou na suspensão da audiência que deveria acontecer nesta quarta-feira
(05).
Dr. Mozart Baldez |
Relembre o caso
A
ação é do Ministério Público Eleitoral que, no dia 14 de dezembro de 2012,
conforme consta nos autos do processo em referência, os parlamentares foram diplomados como
Vereador reeleito do Município de Rosário, para o exercício de mandato no
quadriênio 2013 a 2016. No entanto, em 18 de dezembro do mesmo ano, o
MPE ingressou com ação de impugnação de mandato eletivo, baseando-se, segundo a
defesa, em provas de um procedimento investigativo não formalizado em inquérito
policial ou em qualquer outro instrumento previsto em lei.
Segundo o Dr. Mozart Baldez, advogado de Brandão e Mágno, as transcrições de conversas telefônicas
por indevida e ilegal quebra de sigilo, sem que lá houvesse contraditório e
ampla defesa, estão longe do devido processo legal. Ou seja, as provas foram
produzidas de forma ilícita. No seu entendimento, tal procedimento constitui flagrante
ilegalidade à luz da Constituição Federal de 1988 e da Lei nº 9.296/96, porque
a juíza eleitoral juntou aos autos, documentos exclusivos obtidos de forma
ilícita, mediante quebra de sigilo telefônico, com inobservância da lei, e os
mesmos não podem ser utilizados como provas para julgar o processo.
No entendimento da defesa, as conversas de
que trata o MPE e que foram juntadas aleatoriamente nos autos do processo em
destaque, sem contraditório e ampla defesa na origem, apresentam uma série de
irregularidades, tais como:
A) não foram
especificadas na autorização de quebra de sigilo telefônico, a qualificação
completa do paciente que é vereador de Rosário e comerciante há 22 anos,
indispensabilidade da medida e o objeto da investigação;
B)
inexistência de fundamentos apontando dados concretos da indispensabilidade;
C) não houve
investigação policial, instauração de inquérito policial, ou outro procedimento
policial, sequer boletim de ocorrência; a polícia civil não realizou nenhuma
diligência. No mesmo sentido o Ministério Público. A Polícia Militar não pode
praticar ato de Polícia Judiciária sob pena de cometer crime de usurpação de função.
Informe e relatório não é investigação policial, portanto não havia respaldo
para a concessão da medida com base no INFORME da PM, diga-se de passagem, que
não fora constituído de nenhum meio físico, materializado, através de
documentos e outras provas; ademais a Polícia Militar, diante do seu próprio informe
e relatório não instaurou nenhum procedimento investigativo para apurar a participação
dos seus integrantes na quadrilha, e isto é mais um fato inexplicável nesta misteriosa
contenda.
D) O pedido
de interceptação telefônica baseia-se em denúncia anônima, segundo o relatório
da PM, fls. 09, segundo parágrafo – volume 2, obtido de uma informante. O nome
dela sequer fora declinado no relatório. Mesmo correndo o processo sob segredo
de justiça a informante NÃO prestou declarações. Consta ainda no último
parágrafo de fls. 09, volume 2, que o paciente seria pai da mulher de um tal Bernardo,
o que não é verdade e que segundo a informante pertencia à organização
criminosa , junto com o então Vereador Nestor, à época Presidente da Câmara de
Vereadores de Rosário. O curioso é que o delegado do DENARC não representou
pela interceptação telefônica do Nestor.
E) A ordem
deve emanar de Juiz competente e com jurisdição. Ora, o delegado de polícia do
DENARC renovou o prazo para mais 15 dias sem conhecimento do juiz competente.
F) A polícia
iniciou a investigação com a quebra de sigilo telefônico.
G) O Delegado
da Polícia Civil do DENARC representou pela quebra do sigilo telefônico do
requerido e não submeteu o processo à regular distribuição no Fórum da Comarca
de Rosário MA, conforme determina o Regimento Interno do TJMA, tendo levado
pessoalmente à Segunda Vara e entregue à Juíza titular daquela vara que nenhuma
providência tomou no sentido de sanar a irregularidade, dando curso regular ao
procedimento.
A
Constituição Federal preconiza assim: ‘’são
inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos’’. Sendo
assim, o processo que tramita na justiça eleitoral contra os parlamentares
Mágno Nazar e Agenor Brandão são passíveis de nulidade absoluta. Concluiu.
Há, também, uma jurisprudência
no Tribunal Superior Eleitoral – TSE, que julgou improcedente ação semelhante a
esta na corte maior de nosso país. Se a constituição da república veda a prova obtida de forma
ilícita, não é crível que ela seja aleatoriamente juntada em autos de processo
eleitoral que sirva para invalidar diploma eleitoral e decretar sanção de
inelegibilidade.
Sobre a prova
emprestada necessitar de contraditório, ampla defesa e devido processo legal,
no julgamento do Agravo de Instrumento do Tribunal Superior Eleitoral, o Ministro
Relator Fernando Neves, lavrou o seguinte Acórdão por unanimidade: “Mas, a jurisprudência deste TSE exige que a
prova emprestada tenha sido submetida ao contraditório”. A ação foi
extinta.
No caso dos vereadores
rosarienses, nenhum deles tiveram direito ao contraditório ao a ampla defesa no
início do processo, segundo relatos dos mesmos na tribuna da câmara e ao blog.
Isso reforça a grande probabilidade de os mesmos serem absolvidos, tanto pela
agilidade e competência da defesa, quanto pela jurisprudência existente no TSE.
Diante dos
fatos e da petição da defesa, a audiência marcada para esta quarta-feira foi
suspensa, sem data definida para acontecer.
rosario acontece de tudo , esses dois vereadores compraram votos e ficou por isso mesmo cade a justiça cade a justiça cade a justiça de rosario
ResponderExcluira justiça de rosario vai caçar ou não essas pessoas , por compra de voto esta tudo provado na gravaaçao e ainda falta o que eita justiça de rosario
ResponderExcluirse a justiça de rosario não caçar esses vereadores ai eu sei que não existir mais justiça no rosario
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