Na reta final
para o encerramento dos trabalhos da Assembleia Legislativa, o deputado
estadual Roberto Costa (PMDB) – agora conhecido como “Dick Vigarista” - levanta
a proposta de criar uma CPI para investigar a questão do trabalho escravo . O
parlamentar usa como justificativa para isto notícias divulgadas em blogs e
outros veículos de comunicação alinhados editorialmente ao Palácio dos Leões
associando o nome de Flávio Dino, pré-candidato do PC do B e líder nas
pesquisas de intenção de votos, a empresas acusadas de praticar trabalho
escravo.
A Alcana
Destilaria, situada em Minas Gerais, e que além de ter feito doações para a
campanha de Flávio Dino ao governo do Estado em 2010, também fez contribuições
para o comitê financeiro da campanha de Dilma Rousseff, naquele mesmo ano, faz
parte do grupo de empresas da Infinity Bio Energy, e uma das
empresas do grupo foi denunciada sob acusação da prática de trabalho escravo.
Porém, não
foi a empresa que fez doação para a campanha de Flávio Dino e Dilma Rousseff,
foi outra empresa do mesmo grupo. É como se uma afiliada da Rede Globo em outro
estado cometesse irregularidades trabalhistas e a TV Mirante, que também
faz parte do grupo de afiliadas da TV Globo, também fosse acusada por
isto.
Esta não é a
primeira vez que “Dick Vigarista” tenta criar uma CPI somente para mirar
em algum adversário político do Palácio dos Leões. Em outras ocasiões o
parlamentar também adotou a mesma estratégia de solicitar CPI´s com objetivos
políticos. A situação preocupante de Luís Fernando Silva nas pesquisas de
intenção de voto, onde não alcançou ainda o patamar de 20%, leva o PMDB e o
Palácio dos Leões a tentar outras alternativas de diminuir a desvantagem do
pré-candidato de Roseana Sarney nas pesquisas eleitorais.
Neste
cenário, o Palácio dos Leões considera a tática da “ desconstrução” da imagem
de Flávio Dino, que segue com considerável diferença em relação a Luís Fernando
Silva nas pesquisas de intenção de voto, uma das prioridade no final do
ano para evitar que o nome do atual Secretário de Infraestrutura não
tenha a mesma sina de Max Barros, que também ocupava o mesmo posto em
2011 e era pré-candidato a prefeitura de São Luis, mas acabou jogado pra
escanteio no ano seguinte.(Com alteração do Maranhão da Gente)
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