O desrespeito à lei seca representa uma ameaça para quem planeja
entrar no serviço público. O alerta ganhou as salas de aula dos cursos
preparatórios para concursos e aparece como uma preocupação a mais para os
candidatos.
A
possibilidade de ser eliminado na etapa de investigação da vida pregressa ficou
ainda mais real após a presidente Dilma Rousseff instituir a tolerância zero e
ampliar os meios de prova para criminalizar a conduta de quem dirige
embriagado. E é melhor não apostar em receitas “milagrosas”, como supostamente
tomar vinagre para enganar o bafômetro.
Policial civil
e professor de cursinho, Saulo Fontana explica que o risco de exclusão do
certame é maior para quem almeja ocupar uma vaga na área de segurança pública,
onde há exigência de reputação ilibada. “Quando se fala em vida
pregressa, analisa-se não somente os antecedentes criminais como também a
conduta social, o relacionamento da pessoa com a família, com os vizinhos e o
comportamento em sociedade”, detalha.
Além disso, o projeto de revisão do Código
de Processo Penal, em tramitação no Congresso Nacional, propõe uma espécie de
“ficha limpa” para ocupantes de cargos públicos.
“Se
for aprovada como está, bastará a pessoa ser indiciada em inquérito policial ou
responder a termo circunstanciado para perder o direito de tomar posse.
Atualmente, só quem tem condenações fica impedido de tomar posse”, explica
Fontana. “O aluno se assusta especialmente com termo circunstanciado, pois, até
mesmo delito de trânsito, lesão corporal leve, ameaça e calúnia, que
normalmente nem sequer geram inquérito, seriam usados como critério de
exclusão”, revela o especialista.
(Com informações do Correio
Braziliense)
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